Dia Nacional dos Clubes: Confira algumas curiosidades dos grandes clubes do Rio de Janeiro
- Femme News
- 15 de jul. de 2020
- 4 min de leitura
Neste 15 de julho, conheça a história por trás de mascotes, hinos, apelidos e muito mais
Por Julia Mota

Nesta quarta-feira, 15 de julho, é comemorado o Dia Nacional dos Clubes. Os clubes podem ser definidos como grupos de indivíduos que se reúnem em prol de algum objetivo, como a realização de atividades esportivas. Por esse motivo, foram separadas curiosidades que envolvem os quatro grandes clubes da elite do futebol carioca, que você pode ou não conhecer.
Botafogo de Futebol e Regatas
Hino: Durante muito tempo, o hino do clube era composto da frase “Botafogo, Botafogo, campeão desde 1910…”, que foi o ano do primeiro título carioca do clube. Mas, após o reconhecimento de um título carioca divido com o Fluminense em 1907, o hino foi mudado para “campeão desde 1907”. O reconhecimento só veio a acontecer em 1996.
Apelido: O famoso apelido de “Glorioso” foi dado ao clube após a conquista do título carioca de 1910, pela gloriosa campanha feita pela equipe. O Botafogo participou de 10 jogos, com 9 vitórias e uma derrota, somando 66 gols marcados e apenas 9 sofridos. O saldo de gols ficou em 57, com 18 pontos totais e média de 6,6 gols por jogo. O time campeão era formado por: Coggin, Edgard Pullen e Dinorah; Rolando de Lamare, Lulu Rocha e Lefèvre; Emmanuel Sodré, Abelardo de Lamare, Décio Viccari, Mimi Sodré e Lauro Sodré.

Clube de Regatas do Flamengo
Hino: O clube rubro-negro possui dois hinos. O primeiro, que foi escrito em 1920 por um ex-goleiro do time, Paulo Magalhães, e registrado na capa da partitura como Hymno Rubro-Negro. Sua primeira gravação é de 1932, na voz de Castro Barbosa e diz: “Flamengo! Flamengo! Tua glória é lutar!, Flamengo! Flamengo! Campeão de terra e mar!” No entanto, o hino não vingou, sendo então substituído pela famosa Marcha do Flamengo, que foi composto por Lamartine Babo e registrado em 1950 e é cantado até hoje pela torcida. A canção também é gravada como Hino do Flamengo, pelo cantor Gilberto Alves, e Sempre Flamengo, pelo conjunto.
Mascote: O primeiro mascote do clube foi o marinheiro Popeye, que foi definido em 1942. Na ocasião, os jornais esportivos resolveram criar personagens para uma história em quadrinhos durante o Campeonato Carioca daquele ano. Então, o cartunista argentino Lorenzo Molas escolheu o Popeye para o Flamengo, por conta da força e valentia com que o clube conseguia reverter situações difíceis e pela ligação com o mar. No entanto, em 1969 surge um novo mascote, o famoso urubu. A torcida do Flamengo era composta por um grande número de negros e pessoas de baixa renda, dessa forma era comum ouvirem gritos de que a torcida era de “urubus”. Com isso, quatro amigos tiveram a ideia de levar um urubu para o clássico contra o Botafogo e soltá-lo no Maracanã. A torcida ao ver o animal portando uma bandeira do Flamengo em campo iniciou a festa, vibrando e gritando: ‘’É urubu, é urubu!’’. Após 2 anos sem vencer o alvinegro, o rubro-negro venceu por 2x1 e a partir daquele dia o mascote virou um urubu.


Fluminense Football Club
Nome: O tricolor, diferentemente dos outros três rivais, foi o único a nascer voltado diretamente para o futebol. Por esse motivo, também é o único a não possuir “regatas” em seu nome oficial.
Pó de arroz: O termo usado de forma pejorativa pelos rivais é carregado de controvérsias sobre sua origem. Alguns chegam a dizer que a diretoria do clube obrigava o jogador Carlos Alberto, que era negro, passar pó de arroz no rosto para jogar, com o argumento de que sua pele destoava do uniforme. Outros dizem que o jogador usava o pó no rosto por causa do racismo que sofria e que, em um jogo contra seu ex-clube, o América, o disfarce saiu com o suor e os torcedores passaram a apelidar os tricolores de pó de arroz. No entanto, em um vídeo nas redes sociais no ano passado, no dia da Consciência Negra, o Fluminense contou uma outra história. Segundo o vídeo, em 13 de maio de 1914, o tricolor enfrentava o América, ex-clube de Carlos Alberto. A torcida do América, para provocar o jogador, passou a gritar "pó de arroz", em referência a um talco que o atleta usava no rosto após fazer a barba, algo que ele já fazia desde a passagem pelos alvirrubros e que a torcida sabia do fato. Desde então, a torcida tricolor aderiu a esse termo de forma positiva, é costume dos torcedores levarem pó de arroz para o estádio e usarem nas festas da arquibancada.

Club de Regatas Vasco da Gama
Gandula: Bernardo Gandulla foi um jogador argentino que atuou no Vasco, em 1939. Com passagem de apenas uma temporada, ele costumava ir buscar a bola que havia saído de campo e entregá-la ao jogador que fosse recolocá-la em jogo, mesmo que fosse um atleta do time adversário. Dessa forma, quando a função foi passada para os garotos, como funciona até hoje, eles foram apelidados com o nome de Gandula.
São Januário: O estádio foi inaugurado em 21 de abril de 1927, e sua construção foi feita pelos próprios torcedores vascaínos, visto que o clube conseguiu mobilizar todos os torcedores em uma campanha de arrecadação de contribuições e adesão de sócios, que possibilitou a construção em menos de 12 meses. A fachada de São Januário, em estilo neocolonial, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Estima-se que pelo menos 6.000 barris de cimento e 252 toneladas de ferro foram usadas na obra. Até 1930, quando foi inaugurado o Estádio Centenário em Montevidéu, era considerado o maior das Américas. Após a inauguração do Pacaembu em São Paulo, em 1940, deixou de ser o maior estádio do Brasil, e até 1950, na inauguração do Maracanã, era o maior do Rio de Janeiro.

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