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Foto do escritorBeatriz Costa

Dia Mundial das Crianças Desaparecidas: Familiares são chamados para coleta de material genético

Ministério da Justiça faz campanha para ampliar banco de DNA

Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (25), é o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas e a data tem como objetivo alertar as pessoas sobre todas as questões relacionadas com o desaparecimento de crianças e adolescentes. E, para ampliar os bancos de dados de material genético usado na busca por pessoas desaparecidas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou uma campanha nacional de coleta de DNA.


Os pontos de coleta serão indicados pelas Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal e o intuito é estimular os familiares dos desaparecidos a comparecerem ao procedimento de esfregaço da bochecha com cotonete, permitindo o cadastro no sistema. Os familiares devem ser recebidos entre os dias 14 e 18 de junho.


Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mais de 70 mil pessoas desapareceram em 2020 e, de acordo com o S.O.S Crianças Desaparecidas, estima-se que aproximadamente 50 mil crianças e adolescentes desaparecem por ano no Brasil.


Um caso que completa quatro meses sem resposta é o das crianças de Belford Roxo, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Fernando Henrique, de 11 anos, Alexandre, de 10 anos, e Lucas Matheus, de 8 anos, saíram para jogar bola e não voltaram para casa.


Na semana passada, a Polícia Civil realizou uma megaoperação na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, que terminou com a prisão de 17 suspeitos de integrarem um suposto "tribunal do tráfico" instalado pelos bandidos que atuam na região. Após a operação, o titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Uriel Alcantara, disse em uma coletiva que a principal linha de investigação da polícia seria que o tráfico teria sumido com os meninos devido a um deles ter roubado um passarinho de um criminoso.


As mães de Belford Roxo, Rana Jéssica da Silva, Camila Paes da Silva e Tatiana da Conceição Ribeiro, mantêm vivas as esperanças de encontrar os garotos com vida e mostram indignação com a história apresentada pela Polícia Civil como motivadora do desaparecimento.


“Meus filhos e os outros garotos foram criados com educação em casa, aprenderam a não roubar e nunca mexeram em nada que não pertencia a eles. Como são pretos e pobres fica fácil rotular eles como pivetes, como ladrõezinhos de rua. Agora nas redes sociais, fica todo mundo compartilhando essa mentira e dizendo que eram ladrões. Fazem isso por quê a polícia falou e por quê é fácil, afinal moram em comunidade, são pretos e pobres. Nós estamos revoltadas e não concordamos, essa história é mentira”, disse Rana Jéssica da Silva, mãe de Alexandre, em entrevista ao jornal EXTRA.





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