Dia do Orgulho LGBT
- Femme News
- 28 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Saiba sobre esta data e LGBTs conhecidos na história
Por Ana Clara Lopes

Neste domingo (28) é comemorado o dia do Orgulho LGBT. A data foi criada em homenagem à uma série de protestos que aconteceram em 1869, nos Estados Unidos. Um grupo de gays, lésbicas e travestis, estavam reunidos bar Stonewall Inn, em Nova York, quando foram surpreendidos por um grupo de policiais com a intenção de prender os clientes por “conteúdo imoral”. Com isso, os frequentantes do bar e simpatizantes se organizaram para reagir às ações policiais.
Outras cidades também realizaram atos de apoio aos direitos dos homossexuais, na época, depois deste acontecimento. Em 1° de julho de 1970 foi realizada a primeira parada LGBT para relembrar o fato.
Atualmente, Junho é o mês dedicado ao Orgulho LGBT, em defesa dos direitos e afirmação.
Este ano, uma das maiores conquistas para os LGBT+ foi a liberação da doação de sangue. Uma luta que ocorria há anos se tornou histórica após a votação no STF conceder o direito.
Parada LGBT mais conhecida do Brasil

No país várias manifestações LGBTs acontecem, porém a mais conhecida é a Parada LGBT de São Paulo, realizada na Avenida Paulista, que acontece desde 1997, que trouxe o tema "Somos muitos, estamos em todas as profissões". Este ano a comemoração foi de forma virtual devido a pandemia do coronavírus.
Na edição do ano anterior (2019), o evento reuniu 3 milhões de pessoas, sendo 651 mil turistas, e movimentou cerca de R$ 403 milhões.
O principal símbolo

Para representar esta comunidade Gilbert Baker, criou a bandeira do arco-íris onde cada cor teria um significado. Originalmente tinha 8 cores, criada em 1978 para o Dia de Liberdade Gay de San Francisco, na Califórnia (Estados Unidos).
Cada cor representava um aspecto da humanidade dividido da seguinte forma:
Rosa - sexualidade
Vermelho - vida
Laranja - cura
Amarelo - luz do sol
Verde - natureza
Turquesa - mágica/arte
Anil - harmonia/serenidade
Violeta - espírito humano
Depois a bandeira foi reduzida a seis cores.
Baker foi um dos grandes representantes da causa e faleceu em 2017, aos 65 anos na sua casa, em Nova York.
Sigla LGBT

A sigla está em uso desde 1990, sendo uma adaptação de LGB, tornou-se popular como uma autodesignação e é utilizada na maioria dos centros comunitários sobre sexualidade e gênero.
Atualmente a sigla abrange outros gêneros, como panssexuais, assexuais, quesitonadores, entre outros. Por ter sofrido alterações ao longo dos anos, para incluir todos os gêneros, hoje o símbolo "+" pode ser usado no final da sigla, ficando LGBTQIA+, que representa todos os outros gêneros envolvidos.
LGBTs importantes para a história
Muitas pessoas importantes para história mundial também são LGBTs e mesmo enfrentando o preconceito deixaram sua marca no mundo. Veja algumas pessoas importantes que contribuíram para a história:

Sylvia Riviera: Ativista latino-americana e trabalhava de forma voluntaria em Nova York, se idenficava como drag queen.
Lutava pela causa de libertação gay e direitos dos transgêneros. Junto com sua parceira Marsha P Johnson, fundou a STAR (Street Travestite Action Revolutionaries) grupo dedicado a abrigar jovens sem teto, incluindo gays e mulheres trans.

Frida Kahlo: Artista mexicana, criou diversos auto-retratos, empregou um estilo de arte popular ingênua questões de identidade, pós-colonialismo, gênero, classe e raça na sociedade mexicana.Não foi apenas conhecida pela sua arte, considerada um icone do movimento feminista mexicano, Chicanos, e o movimento LGBT. Frida se considerava bissexual,

Bayard Rustin: amigo próximo de Martin Luther King, e ativista, que por ser abertamente gay não ganhou tanto reconhecimento por seu papel no movimento dos direitos civis. Criou a Marcha de Washington, em 1936, e trabalhou para mostrar a crise da AIDS à atenção da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor). Sofreu ameaças pelos partidos opostos, que pretendiam divulgar mentiras sobre seu relacionamento, por isso teve que trabalhar às escondidas.

Alan Turing: Matematico, cientista da computação, teve um papel de muita importância no desenvolvimento da ciência da computação, formalizando o algoritmo e computação na máquina de Turing. Considerado pai da computação, trabalhou na segunda guerra mundial, mas sua homossexualidade o levou a um processo criminal.

Josephine Baker: Artista conhecida na Idade do Jazz, considerava-se bissexual. Foi uma das artistas afro-americanas de maior sucesso na França e se validou disso para lutar com a segregação racial, se recusando a se apresentar em locais que faziam divisão entre brancos e negros. Também foi espiã na segunda guerra mundial e contava o que ouvia dos alemães para qual trabalhava.

Daniela Mercury: Artista brasileira, casada com a jornalista Malu Verçosa, embaixadora da Unicef há mais de 20 anos, ativa na causa LGBT. Daniela e sua esposa foram Campeãs da Igualdade da ONU no Brasil e porta vozes da Campanha Livres & Iguais, e estiveram na 3ª Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT, em Caeté (MG), em 2015.
Comments