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Desembargador humilha guarda municipal após receber multa

  • Foto do escritor: Femme News
    Femme News
  • 19 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Um pedido para apurar a conduta do desembargador Eduardo Almeida Prado foi determinado pela Corregedoria Nacional da Justiça


Por Larissa Marques

Imagem: Reprodução/ Brasil 247

Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi flagrado em um vídeo obtido pelo G1, e que já circula nas redes sociais, humilhando um guarda civil municipal no último sábado (18). O episódio se deu após o desembargador ser multado por estar passeando na praia e não estar utilizando máscara, no litoral de São Paulo.


Durante a abordagem, que teve como finalidade orientar sobre a obrigatoriedade da máscara e dessa forma receber a multa, Eduardo chamou o guarda municipal, Cícero Hilário, de “analfabeto” e de “guardinha”. Na cidade de Santos, onde ocorreu a abordagem, a multa para quem não usar a máscara na rua é no valor de R$ 100, no caso de pessoa física, e de R$ 3 mil, em casos de pessoa jurídica.


Em certo momento do vídeo, quando o guarda desce do veiculo para aplicar a multa, Eduardo Almeida ameaça: “ Você quer que eu jogue na sua cara? Faz aí, que eu amasso e jogo na sua cara”.


Ao mesmo tempo, o guarda ainda sofreu intimidação por parte do desembargador que fez um telefonema para Secretário de Segurança Pública do município. “Estou aqui com um analfabeto”, diz ele ao telefone. Em seguida, continua: “Eu falei, vou ligar para ele [Del Bel] porque estou andando sem máscara. Apensar eu estou andando nessa faixa da praia e ele está aqui fazendo uma multa. Eu expliquei e eles não conseguem entender”.


Por fim, o desembargador rasgou a multa e jogou o papel no chão. Em seguida, virou as costas e foi embora.


Em uma entrevista para o jornal A Tribuna, Cícero afirma que se sentiu humilhado e que sua filha de 15 anos chorou ao ver o vídeo. Ademais, ele diz que não sabe como explicar o que aconteceu, principalmente aos filhos.

Em outra declaração ao G1, Cícero declara que aquela situação o deixou muito chateado e que não aceitaria as desculpas do desembargador. “Se ele me pedisse desculpas hoje, eu não aceitaria, porque acho que não seria sincera e sim pela repercussão que teve o vídeo. Estou desde ontem sem dormir, fiquei chateado, mas me sinto orgulhoso por ter cumprido o meu papel. Não aceito desculpas”.


A saber, após a repercussão do caso nas redes sociais, o Tribunal de Justiça de São Paulo, em nota, afirmou que uma instauração de procedimentos para apurar o caso foi determinado. Completou ainda que os guardas que estavam no local e o desembargador serão ouvidos o mais breve possível para esclarecimentos.


Entretanto, o ministro da Corregedoria Nacional de Justiça determinou que o pedido instaurado pelo TJ de São Paulo e os autos sejam encaminhados ao CNJ. O tribunal tem um prazo de cinco dias para que a decisão do ministro seja cumprido, segundo o G1.


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