As chamas destruíram mais de 75 mil hectares da região e foi combatida durante as operações noturnas e com as chuvas do fim de semana
O Corpo de Bombeiros e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciaram neste domingo (11) que, finalmente, foi extinto o incêndio na Chapada dos Veadeiros. Após 16 dias, o fogo destruiu cerca de 75,4 mil hectares da Chapada e graças às operações noturnas e com a chuva recente foi possível controlar as chamas, segundo informado pelas entidades.
No último sábado (10), haviam 123 profissionais no local para apagar o incêndio, entre eles estavam os bombeiros, brigadistas do ICMBio, policiais militares, voluntários e equipes da Prefeitura de Alto Paraíso. De acordo com avaliação feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no domingo, não foi encontrado mais nenhum foco de calor na região, sendo feita a confirmação da extinção do incêndio através de um drone.
O fogo se iniciou no dia 25 de setembro no interior da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pouso Alto, em uma propriedade rural do município de Cavalcante. De acordo com o que foi informado pelos bombeiros e pelo CMBio, o fogo destruiu 75.455 hectares, 24 mil fazem parte do interior do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o que significa 10% da área total. Os outros 51 mil hectares fazem parte da APA Pouso Alto, correspondente a 6% da Unidade de Conservação.
Durante as duas semanas no combate ao fogo, foram 250 profissionais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA/PREVFOGO), Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Goiás (CBMGO) e brigadistas Voluntários da Rede Contro Fogo e da Brigadista Voluntária Ambiental de Cavalcante (BRIVAC), que também contaram com o auxílio de cinco aviões, 30 veículos e um helicóptero.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoou a área afetada no sábado (10) e demonstrou apoio em suas redes sociais afirmando que participava da "linha de frente" nas ações que estavam sendo prestadas para a extinção das chamas. No entanto, depois de sua visita houve protestos dos moradores da região que espalharam placas nas ruas de Alto Paraíso dizendo "fora Salles".
Em entrevista ao G1, uma das moradoras relatou que o ministro foi até a região após algumas semanas do incêndio e que estava "se gabando" do trabalho que os brigadistas estavam realizando, apesar de serem voluntários. A assessoria do Ministério do Meio Ambiente emitiu uma nota ao G1 dizendo "A opinião de meia dúzia de maconheiros não tem relevância".
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