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Depoimento da empregada doméstica

  • Foto do escritor: Femme News
    Femme News
  • 17 de jun. de 2020
  • 1 min de leitura

A maneira que elas historicamente sempre foram tratadas no Brasil


Por: Andrea dos Santos

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Nordestina, uma senhora de 76 anos, nascida no Rio Grande do Norte, de origem indígena, de estatura baixa, menos de um metro e meio mas ninguém a convence, diz “que sua altura é um metro e meio certinho”. Desde os seus sete anos de idade trabalhava como empregada doméstica, fazendo as tarefas de casa como adulta. Parte do dinheiro que ela ganhava a mãe separava, comprava tecidos para fazer roupa para a menina que trabalhava como doméstica.

Se chama Severina mas nunca gostou do seu nome, desde criança todas a chamam de Silvia e assim é até hoje. Aos 16 anos, ela veio para o Rio de Janeiro, trabalhar como empregada doméstica. Passaram os anos se casou, teve duas filhas. Então passou a trabalhar como diarista pois na época pagava mais, as vezes no mesmo dia fazia duas diárias. Tinha várias patroas, a grande maioria localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, considerado área nobre.

Ficou em um dos locais que trabalhava por quase 20 anos, saía da comunidade aonde morava de madrugada, chegava bem cedo, passando roupa até as seis da noite sem comer nem beber, quando passaram se 12 anos de labuta naquele local, um dos dois filhos da patroa perguntou: porque ela não comia nada? Ela respondeu “ninguém nunca ofereceu”, sem jeito a patroa olhou para ela e à partir daquele dia começou a separar a comida que sobrava em potes e á oferecia. Com o pouco estudo conseguiu que suas duas filhas cursassem faculdade.


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