Por 218 votos contrários, Arthur Lira dá como “encerrado” o assunto
A Câmara dos Deputados rejeitou e arquivou na terça-feira (10) a proposta de emenda à Constituição (PEC) 135/19, que adotaria o voto impresso, por 218 votos contrários, 229 a favor e 1 abstenção. Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos favoráveis.
O resultado no plenário é uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, que defende o voto impresso auditável e a contagem pública dos votos, e afirma, mesmo não havendo provas, que há indícios de fraudes no sistema eletrônico de votação. Em discurso para manifestantes, em primeiro de agosto, o presidente afirmou que “ sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição”. Ontem (10), Bolsonaro falou para apoiadores, que se encontravam no Palácio da Alvorada, sobre “outros mecanismos” que vão além do voto impresso.
A autora da PEC, Bia Kisis (PSL-DF), para tentar reverter votos em plenário, discursou que a proposta não é do interesse do Presidente Bolsonaro, mas sim do eleitor brasileiro que quer transparência e segurança nas eleições. “ Peço que procuremos despolitizar a forma que vem sendo tratada esta proposta que não corresponde ao seu objetivo”, afirmou a deputada do PSL. Entretanto, os partidos que se mantiveram contra a proposta foram PT, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, Psol, Avante, PCdoB, Cidadania, Minoria, PV, Rede e oposição - de acordo com o Portal da Câmara dos Deputados.
Major Vitor Hugo, líder do PSL na Câmara, buscou pedir mais tempo,por mais cinco sessões, na intenção de aprofundar a discussão no tema da proposta para que “ fique mais claro para a população brasileira e dar chance para que cada deputado modifique sua posição e se alinhe com o interesse da maioria da população brasileira quer”. O deputado do PSL afirmou que “ é ruim encerrar a discussão prematuramente “. Logo na sequência, Ricardo Barros (PP-PR) orientou contra em nome do governo e afirmou que a proposta é "de interesse do Presidente da República”.
Com a decisão final na sessão da Câmara, o texto foi arquivado, e o formato atual de votação e apuração eleitoral eletrônica permanece até as próximas eleições. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, ressaltou que o resultado foi “soberano,altivo e democrático.”
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