O dia 18 de fevereiro é marcado pelo início da Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo
Por Beatriz Costa
Nesta quinta-feira (18), é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. A data foi instituída para conscientizar os brasileiros sobre o consumo excessivo de álcool e os males que a prática pode ocasionar.
Um estudo publicado no periódico científico Journal of Studies on Alcohol and Drugs, no ano passado, mostrou que consumir bebidas alcoólicas em excesso afeta o indivíduo e também as pessoas de sua convivência. O alcoólatra é considerado aquele que causa prejuízo social e também pessoal em consequência do abuso da bebida, além de sinais de abstinência e dependência do álcool.
A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos e, ao todo, foram ouvidos cerca de nove mil adultos. Os resultados revelaram que 21% das mulheres e 23% dos homens sofreram algum tipo de dano causado pela bebedeira de alguém. Ao todo, estima-se que um em cada cinco americanos, ou 53 milhões de pessoas, passam por esse tipo de situação.
No Brasil, a situação não é muito diferente. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicados em 2019, cerca de quatro milhões de brasileiros acima de 15 anos de idade são considerados alcoólatras. A porcentagem é de 3%, que seria mais de o dobro da população de Belo Horizonte.
Especialistas afirmam que a recomendação varia, mas um bom limite é que as mulheres não tomem mais de uma dose por dia e os homens duas, além de não beberem mais de cinco vezes por semana. Alguns órgãos de saúde "liberam" 10 doses semanais para o sexo feminino e 15 para o masculino. Uma dose seria uma lata (330ml) de cerveja, uma taça (100 ml) de vinho ou um copo (30 ml) de destilado.
Ultrapassar o limite indicado regularmente pode acarretar em diversos fatores de risco à saúde. Obesidade, depressão, perda de memória, fígado gorduroso, cirrose, pâncreas doente, AVC (derrame), cardiomiopatia, pneumonia, tuberculose, câncer são algumas das enfermidades que podem aparecer pelo seu consumo excessivo.
Além de ser prejudicial à saúde, a bebida alcoólica também é a causa de 50% dos acidentes de trânsito, de acordo com o Departamento de Trânsito do país (DETRAN).
Há diversas maneiras de ajudar o indivíduo que sofre com este vício. Uma dessas atitudes é ir a encontros de Alcoólicos Anônimos, pois permitem que a pessoa entenda o seu vício e o porquê de beber em excesso, além de fornecer tratamento e acompanhamento para a pessoa.
O site do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), explica como pode funcionar o tratamento para indivíduos que sofrem com este vício. “O doente precisa passar por um processo desintoxicação e também psicológico para que os comportamentos mentais que o fizeram beber não se repita. A dependência do álcool pode ser tratada e controlada. Existem diversos programas e profissionais habilitados para ajudar nesse desafio.”
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