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Confira as cinco vacinas mais avançadas contra a Covid-19

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    Femme News
  • 25 de jul. de 2020
  • 4 min de leitura

Destas cinco vacinas, duas estão sendo testadas no Brasil e 166 estão em produção no mundo inteiro


Por Carolina Gandra

Imagem: Dado Ruvic/Reuters

Sociedades de todo o mundo clamam por uma vacina imediata. Principalmente os Estados Unidos e o Brasil - os dois países juntos contabilizam 6.400.699 infectados, segundo dados deste sábado (25) da Universidade Johns Hopkins. Mas como está o desenvolvimento destas vacinas?


Existem 166 vacinas sendo produzidas no mundo inteiro, sendo 24 destas na fase clínica - testadas em humanos - e 5 na fase mais avançada de produção, de acordo com o levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado na última terça-feira (21). Entenda as três fases de produção de uma vacina:


Fase 1: avaliação da vacina recém-produzida com poucos voluntários adultos, para testar a segurança;

Fase 2: testes em centenas de pessoas, para testar a segurança e eficácia;

Fase 3: testes em milhares de pessoas, com o objetivo de avaliar a segurança e eficácia em cada grupo populacional (crianças, idosos, etc.). Após esse procedimento, as agências avaliativas precisam aprovar a vacina, liberar a produção e a distribuição para a sociedade.


Com um maior entendimento sobre a produção, veja a lista:


Vacina Coronavac, do laboratório Sinovac, da China


A Coronavac (PiCoVacc), desenvolvida pelo Sinovac, está sendo testada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan. O Governo do Estado de São Paulo pagou as doses que começaram a ser testadas no Hospital das Clínicas, a partir da última terça-feira (21) em 890 voluntários do estado. O objetivo é aplicar as doses em 9 mil cidadãos em todo o país.


De modo simplificado, a Coronavac usa o vírus Sars-Cov-2 (o novo coronavírus) morto ou quase morto e insere a memória celular, a qual é responsável por desenvolver a imunidade no ser humano. Quando a pessoa for infectada pela covid-19, o corpo produzirá resposta imune contra a doença.


A expectativa de Dimas Covas, o presidente do Instituto Butantan, é que esta última fase da Coronavac seja concluída em 3 meses.


O governador João Doria (PSDB), do estado de São Paulo, afirmou que a vacina no país será produzida no início de 2021 caso os testes tiverem resultados positivos. "Se tivermos sucesso, como esperamos ter, a vacina será produzida aqui no Instituto Butantan já no início do próximo ano com mais de 120 milhões de doses. A vacina será destinada a todos os brasileiros, não apenas aqueles que são de São Paulo, e isso será feito através do SUS. O Butantan terá todo o domínio da tecnologia".


Vacina ChAdOx1, da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca, do Reino Unido


A vacina elaborada pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca está sendo testada no Brasil e em mais 50 mil pessoas ao redor do mundo. Destas, 2 mil pessoas são da Bahia, 2 mil de São Paulo e mil do Rio de Janeiro.


A vacina de Oxford é produzida a partir de uma versão fraca de um adenovírus, no qual foi adicionado o material genético utilizado na produção da proteína "spike" do Sars-Cov-2 (a que ele usa para invadir células), induzindo os anticorpos. Os voluntários tiveram algumas reações normais por ser uma vacina viral: febre, dor muscular e inchaço na região da injeção.


O diretor-geral da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou à RTL: "Nossa esperança é ter resultados (para este estudo de fase 3) no outono (boreal), então achamos que estaremos em condições de administrar a vacina até o final do ano, no mais tardar", afirmou Soriot.


Ao ser questionado pela diferença entre a vacina produzida pelo Sinovac e Oxford, Dimas Covas, o diretor da Sinovac afirmou: "A vacina de Oxford é uma tecnologia nova que não foi ainda utilizada na produção de outras vacinas, que não foi ainda utilizada em outras vacinas, que poderá ser até uma evolução na produção de vacinas. Mas além da demonstração e eficácia, ela precisará ter o seu processo produtivo validado por esses institutos".


Vacina mRNA-1273, da Moderna, dos Estados Unidos


A fase 3 da vacina está marcada para a próxima segunda-feira (27), 30 mil estadunidenses servirão de voluntários para os testes.

A vacina utiliza o RNA do Sars-Cov-2 para induzir o organismo a produzir anticorpos contra o micro-organismo causador da COVID-19. Após as fases 1 e 2, os voluntários reclamaram de dor na região da injeção, fadiga, dor de cabeça, dor muscular e calafrios.


“É a fase de avaliação de eficácia pré-mercado. Essa é a última fase de desenvolvimento. Se o produto for aprovado nesta fase, ele segue para ser aprovado ou não pelas agências reguladoras, no caso do Brasil a Anvisa”, explica o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Toledo Júnior.


Vacina da Sinopharm, do Instituto Biológico de Wuhan e do Instituto Biológico de Pequim, da China


A China National Biotec Group (CNBG), unidade da Sinopharm, é responsável por duas vacinas contra a covid-19. O governo de Abu Dhabi, o qual recebeu os testes de uma das vacinas, afirmou em comunicado que todos os voluntários produziram anticorpos depois de duas doses em 28 dias.


A Sinopharm utiliza o vírus inativado, o mesmo modo que a vacina contra a gripe (Influenza) foi criada. Felipe Tapia, engenheiro biotécnico do Instituto Max Planck, explica que "Essa é a tecnologia mais comum e mais experimentada na produção de vacinas”.


O presidente da Sinopharm, Liu Jingzhen, afirmou à emissora CCTV que a expectativa é terminar dentro de três meses os testes em estágio avançado.


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