Susan Brownell Anthony foi condenada e multada em US$100 na ocasião
Por Clara Maria Lino
A americana Susan Brownell Anthony foi perdoada pelo presidente Donald Trump, nesta terça-feira (18), durante evento na Casa Branca, em Washington. O indulto ocorre quase 150 anos depois da americana votar durante as eleições estadunidenses de 1872.
Naquela época o voto não era permitido às mulheres, mas Susan que defendeu durante toda a vida a inclusão do direito feminino ao voto, foi condenada e multada em U$100. A ativista morreu em 1906, portanto não chegou a ver o resultado de sua luta em 1920 quando foi assinada a 19ª emenda que deu direito ao voto feminino.
De acordo com o portal da BBC, o indulto presidencial ocorre durante a comemoração do centenário da emenda e em um momento de pré-eleição americana em que Donald Trump busca estratégias para atingir positivamente as eleitoras que vivem nos subúrbios das cidades americanas e que representam as classes média e alta do país. Ainda segundo o portal, essa parcela da população é uma das que menos aprova o governo do presidente desde 2016.
Momentos depois da cerimônia, a vice-governadora do Estado de Nova Iorque, Kathy Hochul, divulgou em suas redes sociais o descontentamento pela atitude do presidente:
"Ela tinha orgulho de ter sido detida e por ter conseguido chamar atenção para a causa dos direitos das mulheres, nunca pagou a multa. Deixe-a descansar em paz", relatou Hochul.
Além disso, a oposição critica a recusa de Trump em aceitar o voto pelo correio nas próximas eleições que ocorrem em novembro e foi pensada como alternativa para a pandemia de covid-19.
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