Cloroquina: Hospital Einstein não recomenda a prescrição do medicamento aos pacientes
- Femme News
- 26 de jun. de 2020
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Em comunicado, o hospital diz que medicação não é recomendada em pacientes com Covid-19
Por Larissa Marques

Na última quinta-feira (25), o Hospital Israelita Albert Einstein comunicou aos funcionários que a prescrição da cloroquina em pacientes com casos confirmados de coronavírus não é recomendada. Ainda no comunicado, a direção do hospital afirma que não há estudos que comprovem a eficácia do medicamento com relação à Covid, sobretudo na questão de redução da mortalidade em pacientes graves, entre outras questões.
A saber, anteriormente ao comunicado do hospital, ficava a critério de cada médico receitar ou não a cloroquina ao paciente. Ainda, através de um termo de consentimento e avisos do próprio médico ao paciente sobre os efeitos colaterais que poderiam ter com o uso.
A prática de utilização do remédio sem estar dentro das normas de homologação de fármacos ou até mesmo pela própria Anvisa, chama off label. Ou seja, a forma como aquele remédio está sendo prescrito não consta na bula. De acordo com informações do próprio site da Agência Nacional, “Uma vez comercializado o medicamento, enquanto as novas indicações não são aprovadas, seja porque as evidências para tal ainda não estão completas, ou porque a agência reguladora ainda as está avaliando, é possível que um médico já queira prescrever o medicamento para um seu paciente que tenha uma delas”.
Portanto, esta prática não é ilegal ainda de acordo com a Anvisa, “A classificação de uma indicação como off label pode, pois, variar temporalmente e de lugar para lugar. O uso off label é, por definição, não autorizado por uma agência reguladora, mas isso não implica que seja incorreto”. Porém, no caso da cloroquina, o hospital Einsten também não recomenda a utilização do medicamento pelo corpo médico.
Segundo reportagem do portal UOL, até a data de ontem, o hospital não tinha um protocolo que orientava o uso da medicação, mas que cada médico poderia decidir se administrava a medicação no paciente ou não.
Em suma, é importante lembrar que foi em março que o hospital Einsten anunciou que a seria testado a medicação em pacientes com o coronavirus. No entanto, sem haver bons resultados algumas instituições deixaram de utilizar a medicação em seus protocolos.
De acordo com o comunicado do hospital: “Frente ao recente comunicado divulgado pela agência americana FDA revogando a autorização de utilização emergencial do medicamento sulfato de hidroxicloroquina e fosfato de cloroquina no atendimento a pacientes com covid-19, levando em consideração que os estudos não mostraram diferenças em relação ao tratamento padrão e que os benefícios do uso dos medicamentos não superaram seus riscos conhecidos e potenciais, além de um estudo controlado randomizado não demonstrar evidência e benefícios em relação a mortalidade, tempo de internação ou necessidade de ventilação mecânica, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) juntamente com o Comitê de Especialistas Einstein, não recomendam o uso dos medicamentos em pacientes hospitalizados por covid-19 no hospital”.
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