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Chega ao mercado tecido capaz de eliminar coronavírus em dois minutos

  • Foto do escritor: Femme News
    Femme News
  • 7 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Tecnologia foi feita por pesquisadores da UFSCar, em São Carlos (SP) e já está sendo utilizada por cinco empresas. Material pode ser usado na confecção de qualquer roupa


Por Karina Oliveira


Ilustração mostra os fios do tecido com partículas de prata agindo contra o coronavírus — Foto: Ênio Longo

Um tecido formado por nanopartículas de prata e sílica capaz de eliminar o novo coronavírus em dois minutos já está sendo utilizado para a fabricação de roupas e em especial jaleco para profissionais da saúde. A tecnologia foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em parceria com a empresa de tecnologia Nanox, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O produto mantém sua eficácia até 30 lavagens da peça, mas os pesquisadores estão trabalhando em uma fórmula resistente a até 80 lavagens.

Segundo o pesquisador e professor do Instituto de Química da UFSCar Elson Longo, os cientistas já sabiam que a substância era capaz de matar fungos e bactérias e, agora, descobriram também a eficiência no combate à Covid-19. E disse que “Esse composto matou 99,9% do coronavírus e a vantagem deste produto é que ele tem durabilidade de dois anos, aguenta pressão e aguenta temperatura”, explicou Longo. Segundo o diretor de tecnologia da Nanox, Gustavo Simões, o composto provoca uma reação química que produz um tipo de água oxigenada, capaz de eliminar o vírus.

Para testar a eficácia, a tecnologia também foi analisada pelos pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), que separaram amostras do tecido com e sem nanopartículas de prata e sílica em tubos que continham grandes quantidades do vírus. Ao fim do estudo, os pesquisadores concluíram que nas amostras em que os tecidos com nanopartículas foram colocados 99,9% das cópias do novo coronavírus presentes nas células foram inativadas após dois a cinco minutos de contato. O material ainda passou por testes para avaliar o seu potencial alérgico, fotoirritante e fotossensível.

De acordo com o Simões, o tecido criado pelos pesquisadores está sendo usado por pelo menos cinco empresas do interior de São Paulo e é uma proteção barata contra o vírus. O custo de produção do tecido especial para um normal é apenas 5% maior. E diz que “Esse material é aplicado na linha de produção do tecido, então as tecelagens podem vender para as confecções poderem fazer qualquer tipo de peça de vestuário com esse tipo de material”, explicou.

A procura atual é voltada principalmente para a produção de jalecos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais da saúde. Uma confecção de São Carlos, também encomendou o tecido para a produção de máscaras. As empresas que estão trabalhando com a tecnologia são Ebraz, em Itu; Saltorelli Têxtil, em Americana; Textil PBS, em Nova Odessa; Delfim, em Sorocaba; e Marco Pólo Têxtil, em Guarulhos.


Outros testes pelo mundo


Em outros países, tecnologias em tecidos para o combate ao coronavírus também estão sendo desenvolvidas.

Em Indiana, nos Estados Unidos, cientistas desenvolveram um tecido capaz de inativar o coronavírus usando um campo elétrico fraco com baterias de microcélulas. O estudo mostra que a taxa de eletricidade não é prejudicial à saúde humana.

Já em Israel, uma empresa desenvolveu um tecido com revestimento de nanopartículas de óxido de zinco, que também destrói bactérias, fungos e vírus. De acordo com a agência Reuters, um teste piloto com os tecidos está sendo realizado na Itália em veículos e no transporte público.



Fonte: G1



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