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Foto do escritorBeatriz Costa

Cerca de 5 mil mortes violentas no Brasil são de crianças e adolescentes

Anuário revela que 75% dessas mortes são de crianças e jovens negros


Foto: Pixabay

No último domingo (18), o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgou pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública que o Brasil teve 4.971 crianças e adolescentes mortos de forma violenta em 2019. O número representa 10% do total de mortes violentas do ano passado (47.773) e é a primeira vez que o Fórum os divulga, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).


Apenas 21 estados (AL, CE, DF, ES, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SE, SP e TO) revelaram os dados e estes concentram 85% da população brasileira. Os estados com a maior taxa de mortes violentas de crianças e adolescentes são Espírito Santo (6,79 a cada 100 mil), Pernambuco (6,22) e Sergipe (6,09).


O Anuário analisou os casos onde a faixa etária era de 0 a 19 anos, a mesma utilizada pela pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As vítimas de 0 a 9 anos, os principais tipos de crime são o homicídio e a lesão corporal seguida de morte. E as mortes entre 15 e 19 anos representam 90% do total. Segundo o texto, apesar de alguns ganharem repercussão, “estupros e mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes no Brasil são fenômenos inaceitavelmente comuns e configuram problemas graves, que merecem atenção constante de cidadãos e autoridades”.


A diferença entre os perfis das vítimas é alarmante, uma vez que as crianças e os adolescentes negros de 0 a 18 anos representam 75% das mortes violentas intencionais no Brasil. Em todas as faixas etárias, o número de vítimas negras é maior que o número de vítimas brancas.


A publicação do Anuário afirma que “não é possível olhar para esses dados sem imaginar que estamos tratando de uma geração de pessoas que é perdida de forma brutal” e acrescenta que “em média, morrem mais de 13 crianças e adolescentes de forma violenta por dia no Brasil. Trata-se dos indivíduos mais vulneráveis da nossa sociedade e que devem ser protegidos pelo Estado, conforme estabelece a Constituição brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente.”


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