A revelação foi feita pela revista Piauí através de uma reportagem
Foto: Evaristo Sa/AFP
Segundo reportagem “O sabotador” publicada pela revista Piauí, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) recusou três ofertas feitas pelo Instituto Butantan para compra da CoronaVac em 2020.
O Instituto ofereceu milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida em parceria com o laboratório chinês SinoVac, ao governo nas datas: 30 de julho, 18 de agosto e 7 de outubro e nunca recebeu respostas.
A primeira oferta foi feita no dia 30 de julho através do ofício 160/2020, quando o país passava pelo seu quarto mês em quarentena e sem previsão de retorno à normalidade. No documento, o Instituto afirma que tinha condições de fornecer “60 milhões de doses da vacina a partir do último trimestre de 2020” ao Sistema Único de Saúde.
Sem respostas, o Butantan retomou o convite no dia 18 de agosto através do ofício 17/2020 reafirmando a proposta. O documento prometia oferecer 45 milhões de doses em dezembro e 15 milhões no primeiro trimestre de 2021. Mais uma vez, o Instituto não obteve respostas.
No dia 7 de outubro, o Instituto insistiu mais uma vez ao enviar outro ofício ao Ministério da Saúde. No documento, o diretor do Butatan, Dimas Covas, deixou claro que as ofertas anteriores feitas ao Governo Federal não haviam sido respondidas. Além disso, avisou que a demanda pela CoronaVac no mercado mundial era grande e que a vacina estava em “estágio mais avançado para a administração na população e com cronograma de entrega de grandes volumes já a partir de janeiro de 2021”.
Após duas semanas do último ofício, o ministro da saúde, Pazuello, demonstrou interesse em comprar as 46 milhões de doses da CoronaVac, oferecida pelo Instituto Butantan, mas Bolsonaro logo suspendeu a negociação dizendo que o governo não compraria “a vacina chinesa de Dória”.
Leia a reportagem da revista Piauí: https://piaui.folha.uol.com.br/bolsonaro-recusou-tres-ofertas-de-vacina/
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