Em cerimônia ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente afirma que não viu no mundo um governo que tenha enfrentado melhor a pandemia como o governo brasileiro
Por Natasha Silveira
Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia da assinatura das medidas provisórias de acesso ao crédito a micro e pequenos empresários e afirmou: "No meu entender, guardando-se as devidas proporções, não vi no mundo quem enfrentou melhor essa questão do que o nosso governo. Isso nos orgulha. Mostra que tem gente capacitada e preocupada, em especial, com os mais pobres, os mais humildes". Atualmente, o Brasil é o 2º país no ranking de mais mortes pela Covid-19 em todo o mundo.
O presidente criticou novamente as medidas de restrição que os governadores e prefeitos dos estados tomaram, de acordo com o que foi dito por Bolsonaro, essas medidas seriam uma "quebradeira" na economia do país se tornando ainda pior do que a pandemia.
“Temos dois problemas: o vírus e o desemprego. São dois assuntos que devemos tratar com responsabilidade, mas simultaneamente. A turma do 'fica em casa' e a turma do contra começou a dizer que eu era insensível e não estava preocupado com a vida das pessoas, e dizendo sempre ao Guedes que 'a economia se recupera, a vida não'. Olha, uma quebradeira na economia, não precisa ser médico nem economista pra dizer isso, as causas, o efeito colateral disso é pior, mas muito pior do que o próprio vírus", afirmou o presidente.
E falando no desemprego, Bolsonaro relembrou o assunto a respeito do auxílio emergencial, afirmando que este será prorrogado até o fim do ano. Porém, ressaltou que o valor será menor do que R$ 600 reais. O presidente informou que conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre o auxílio emergencial e disse que o valor de R$ 600 "pesa muito para a União", pois se torna um endividamento para o país. "R$ 600 é muito, R$ 200 é pouco. Mas dá para chegar a um meio-termo e ser prorrogado por alguns meses, talvez até o final do ano de modo que consigamos sair dessa situação. Fazendo com o que os empregos voltem à normalidade", completou Bolsonaro
No Brasil, já foram contabilizadas 110 mil mortes pelo novo coronavírus. Enquanto isso, após 102 dias sem nenhum caso do vírus, a Nova Zelândia apresentou mais quatro casos da Covid-19 e as autoridades voltaram a instalar a quarentena em Auckland, cidade mais populosa, e impôs novamente as medidas de restrição. No total, o país contabilizou 22 mortes desde o final de fevereiro, quando detectaram o vírus pela primeira vez. Na Alemanha, o número de mortes chegou aos 9.200, um dos países com menor impacto da pandemia, mas enfrentam o surgimento de novos casos nos últimos dias.
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