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  • Foto do escritorNatasha Sioli

Bolsonaro diz que nunca se referiu ao coronavírus como uma “gripezinha”

Em live realizada na quinta-feira (26), o presidente afirmou que nunca usou o termo para se referir à doença


Foto: Reuters

Durante uma transmissão ao vivo realizada em rede social, na última quinta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro disse que não existe vídeo ou áudio em que ele tenha se referido a Covid-19 como uma "gripezinha". O presidente também estava acompanhado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e do secretário de Alfabetização do Ministério da Educação, Carlos Nadalim.


"Falei lá atrás que, no meu caso, pelo meu passado de atleta — eu não generalizei — se pegasse o Covid, não sentiria quase nada. Foi o que eu falei. Então, o pessoal da mídia, a grande mídia, falando que eu chamei de 'gripezinha' a questão do Covid. Não existe um vídeo ou um áudio meu falando dessa forma. E eu falei pelo meu estado atlético, minha vida pregressa, tá? Que eu sempre cuidei do meu corpo. Sempre gostei de praticar esporte", explicou o presidente.


No entanto, somente em março deste ano o presidente se referiu a doença como "gripezinha" por duas vezes, enquanto esteve em uma entrevista e também durante um pronunciamento oficial através do rádio e da televisão. Na entrevista, Bolsonaro afirmou que não seria uma "gripezinha" que iria derrubá-lo depois de ter sido esfaqueado durante as eleições de 2018. "Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok? Se o médico ou o ministro da Saúde me recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes".


Nesse mesmo período, Bolsonaro testou negativo duas vezes para o coronavírus, embora tenha se recusado a apresentar os resultados na época. Ainda no início da quarentena no Brasil, o presidente pediu pela "volta à normalidade" e pelo término do "confinamento em massa" alegando que a vida deveria continuar, tendo dito também que a imprensa tinha causado "pavor" e "pânico" na população sobre a doença. Neste mesmo pronunciamento, Bolsonaro afirmou que caso fosse infectado com o vírus pois "não pegaria mais do que uma gripezinha".


"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão. Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença", disse Bolsonaro em pronunciamento no dia 24 de março.


Além disso, Bolsonaro também ressaltou sobre a eficácia do uso das máscaras durante o período de pandemia, dizendo que chegará um estudo a respeito do assunto para comprovar. "A questão da máscara, não vou falar muito porque ainda vai ter um estudo sério falando da efetividade da máscara — se ela protege 100%, 80%, 90%, 10%, 4% ou 1%. Vai chegar esse estudo. Acho que falta apenas o último tabu a cair". O uso das máscaras é recomendado pelos especialistas e pelas autoridades internacionais de saúde, como uma forma de prevenção da disseminação do coronavírus.


Nas últimas 24h, já foram registradas mais de 690 mortes pelo coronavírus, chegando ao total de mais de 171 mil óbitos desde que se iniciou a pandemia no Brasil, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde. Duas de cinco regiões do país apontam um crescente aumento na média de mortes causadas pela Covid-19.


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