A vereadora do PSOL decidiu sair do país e se afastar das atividades presenciais da Câmara dos Vereadores
A vereadora Benny Briolly (PSOL), primeira parlamentar trans eleita em Niterói, decidiu sair do país depois de receber ameaças de morte. Sua assessoria de comunicação publicou uma nota na última quinta-feira (13), a qual informa que o partido tomou essa medida drástica para garantir a segurança de Benny. A política deve ficar afastada das atividades presenciais da Câmara dos Vereadores por 15 dias, mas pretende continuar acompanhando as sessões plenárias de forma virtual.
Em março, a vereadora acusou Douglas Gomes (PTC -RJ) de agressões verbais e quase físicas. “Hoje fui agredida com transfobia, racismo e quase fisicamente pelo vereador fascista Douglas Gomes, que foi segurado pelos meus companheiros de bancada para que não me encostasse. Foi horrível e doloroso!” disse Benny em suas redes sociais no dia 25 de março.
Em outra ocasião, Benny chegou a publicar em seu Instagram que foi obrigada a sair de sua favela por protocolos de segurança e forçada a andar em um carro blindado. “Sou privada da minha liberdade só por ser uma parlamentar trans, que luta pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Não posso admitir que o parlamento de Niterói permita que eu seja interrompida no exercício da minha função por me defender do crime de transfobia que venho sofrendo constantemente” disse ela.
De acordo ainda com a nota publicada, as várias instâncias do Estado Brasileiro foram comunicadas e oficializadas sobre a grave situação, mas até então não foram tomadas medidas efetivas que protegessem nem a vida, nem os direitos políticos da vereadora. Veja a seguir a nota na íntegra:
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