Assessor de Bolsonaro é investigado por realizar gesto supremacista branco durante fala de Rodrigo P
- Thamires Melo
- 25 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
O procedimento de investigação foi determinado pelo próprio presidente do Senado

Na última quarta-feira (24), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), determinou a abertura de investigação contra o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins. O caso se deve ao gesto feito por Martins durante a fala de Pacheco, em uma sessão da Casa.
O assessor que acompanhava o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, realiza ao fundo do vídeo um gesto tipicamente usado por neonazistas e grupos de extrema direita, que acreditam na supremacia branca. A gesticulação se resume a unir os dedos indicador e polegar, formando um círculo, ou um sinal de “OK”. Os demais dedos formam o “W” e o círculo representa o “P”, criando a sigla “WP”, que significa “white power”. Para a Liga Antidifamação (ADL), organização que monitora crimes de ódio nos EUA, a saudação é “uma verdadeira expressão da supremacia branca”.
Assista o vídeo em que Martins aparece realizando a saudação:
Ao identificar o gesto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), alertou Pacheco e, de imediato, exigiu a expulsão do assessor do prédio do Senado.
Tal sinal foi utilizado por Brenton Tarrant durante seu julgamento. Tarrant é acusado de matar 51 pessoas a tiros em 2019, durante um atentado a uma mesquita localizada na Nova Zelândia. No mesmo ano Felipe Martins reproduziu parte do manifesto do assassino em suas redes sociais e a frase segue em destaque em seu perfil oficial do Twitter.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, uma fonte afirma que Pacheco tem exigido a expulsão imediata do assessor de Bolsonaro. “Pedirei à Secretaria-Geral da Mesa, igualmente à Polícia Legislativa, que identifiquem o fato apontado. E tendo havido, de fato, o fato, nas circunstâncias como vossa excelência [Randolfe] aponta, serão tomadas todas as providências, e enérgicas, por parte da Presidência do Senado”, disse o presidente da Casa.
Commentaires