A descoberta tem cerca de 5 mil anos e fica no cemitério de Abydos, no Egito
Beatriz Costa
Arqueólogos do Egito e dos EUA desenterraram o que pode ser a mais antiga fábrica de cerveja conhecida do mundo, com cerca de 5 mil anos. Eles encontraram cerca de 40 potes usados para aquecer uma mistura de grãos e água usada para fazer cerveja, em Abydos, um antigo cemitério no deserto, no Egito.
O Conselho Supremo de Antiguidades do Egito acredita que a cervejaria provavelmente remonta à era do rei Narmer — governador do Egito há mais de 5 mil anos, responsável pela unificação do país e que fundou a Primeira Dinastia — afirma que a descoberta foi "a mais antiga cervejaria de alta produção do mundo".
De acordo com o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mostafa Waziry, a cervejaria consistia em oito grandes áreas. Cada uma com 20 metros de comprimento e cerca de 40 potes de cerâmica dispostos em duas fileiras. Uma mistura de grãos e água usada para a produção de cerveja era aquecida nos potes, com cada bacia "presa por alavancas de barro colocadas verticalmente em forma de anéis", disse o Waziry.
"A cervejaria pode ter sido construída neste lugar especificamente para abastecer os rituais reais que aconteciam dentro das instalações funerárias dos reis do Egito", afirmou o Ministério do Turismo do Egito, citando o arqueólogo e co chefe da missão Matthew Adams, da Universidade de Nova York.
Acredita-se que a cerveja era produzida em grande escala no local, com capacidade para produzir cerca de 22.400 litros de uma vez. O comunicado informava que "evidências do uso de cerveja em ritos de sacrifício foram encontradas durante escavações nessas instalações".
Abydos é uma das cidades mais antigas do antigo Egito e abriga vastos cemitérios e templos. A área fica no sul da Província de Sohag, no Alto Egito, onde também fica a cidade de Luxor, um dos pontos turísticos mais populares do país.
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