Após 14 anos, Rio de Janeiro volta a ter caso de raiva humana
- Femme News

- 18 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Um adolescente veio a óbito pela doença em março, dois meses depois de ser mordido por um morcego
Por Luana Silva

É o primeiro caso no Rio de Janeiro desde 2006. A vítima de 14 anos morava em Angra dos Reis, região sul do estado. A morte do menino aconteceu no dia 30 de março, mas foi divulgada somente agora com o relatório da Secretaria Estadual de Saúde.
O garoto teria chutado um morcego ao vê-lo no chão e acabou sendo mordido. Esse fato ocorreu em janeiro e o adolescente chegou a procurar um pronto socorro, mas não voltou para receber doses da vacina antirrábica.
Ele retornou ao hospital após dois meses, com a doença já avançada. O adolescente foi internado e transferido no dia 7 de março para o hospital da UFRJ. A doença foi confirmada no dia 20 de março, o jovem faleceu 10 dias depois.
Afinal, o que é raiva humana?
A raiva se trata de uma doença infecciosa aguda, a qual ataca mamíferos. Sua letalidade é de aproximadamente 100%. A raiva é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
Como é transmitida?
Ela é transmitida aos seres humanos pela saliva do animal infectado, principalmente através de mordidas. Pode ser transmitida também por arranhadura ou lambedura desses animais.
O período de incubação é variável entre espécies, em humanos leva cerca de 45 dias, podendo o período ser mais curto em crianças. Já cães e gatos levam de 2 a 5 dias para o aparecimento de sintomas. Não se sabe qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres, porém se sabe que morcegos podem hospedar o vírus por um longo tempo sem apresentar sintomas aparentes.
Quais são os principais sintomas?
Inicialmente os sintomas da raiva humana são:
irritabilidade;
dor de cabeça;
dor de garganta;
náuseas;
cefaleia;
No local da mordida há uma queimação. Assim que a doença for avançando, o indivíduo pode apresentar convulsões, delírios, paralisia e espasmos musculares.
Como é feito o tratamento?
A melhor medida de proteção é a vacinação antirrábica pré ou pós-exposição. Quando isso não ocorre, é realizado um tratamento baseado na indução de coma profundo, com o uso de antivirais e outros medicamentos específicos. Vale ressaltar que a doença é quase sempre fatal.



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