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Aplicativo permite denúncias de crimes ambientais

Através do app “Guardiões da Amazônia" poderá registrar o local exato do crime ocorrido.


Por Karina Oliveira


Árvores caídas em área desmatada da Amazônia em Itaituba, no Pará — Foto: Ricardo Moraes/Reuters/Arquivo

O governo federal criou um aplicativo para denunciar crimes ambientais de desmatamento, queimadas e garimpo ilegais na Amazônia. O aplicativo foi lançado em junho no dia Mundial do Meio Ambiente pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva, a ferramenta tem o nome “Guardiões da Amazônia” (disponível em Android). O aplicativo foi desenvolvido para apoiar a Operação Verde Brasil 2, diante da necessidade de facilitar a fiscalização tendo interação da população com os órgãos para proteger a floresta de esquemas ilícitos. A denúncia pode ser feita de forma anônima, quem se cadastrar tem a garantia de que não terá os dados expostos.


O aplicativo tem duas partes: Aplicativo Móvel para uso da população e Módulo Web, restrito aos órgãos de fiscalização que podem acessar as denúncias feitas pelos usuários, ter acesso a informações sobre focos de calor recebidos via satélite, visualizar alertas de desmatamento, relatórios e gráficos.

“Contamos com o apoio da população brasileira, em qualquer região da Amazônia, para fazer as denúncias que vão contribuir com o combate ao desmatamento, às queimadas e a preservação do meio ambiente”, afirma em nota o comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, general Luciano Batista de Lima.


Neste ano o desmatamento na Amazônia foi o maior dos últimos dez anos, com 1.034,4 km² da floresta derrubada. O aumento ocorreu em meio à pandemia do novo coronavírus com o índice de 64% comparado a 2019. Os dados divulgados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que não é ligado ao governo. A organização alertou para o desmatamento em terras indígenas e reforçou que esta população está entre as mais vulneráveis à Covid-19.


Depois do Pará, o segundo estado que mais registrou desmatamento foi o Mato Grosso, que respondeu por 26% da área desflorestada; em terceiro lugar ficou Rondônia (19%), seguido pelo Amazonas (18%), Roraima (4%) e Acre (1%).


“Estamos avançando em marcha a ré em direção aos volumes de desmatamento do começo do século, quando atingimos picos históricos de desmatamento, totalmente incompatíveis com os compromissos de desenvolvimento sustentável assumidos pelo Brasil”, ressalta Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil.



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