A empresa pretende cobrar R$5,90 pela passagem
Após uma negociação que durou 100 dias entre a SuperVia e o estado sobre o valor da passagem que os usuários deveriam pagar, a empresa determinou um aumento de 16% no valor, passando de R$4,70 para R5,90.
O presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa não descarta a possibilidade de entrar com uma ação na Promotoria de Tutela de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Ministério Público para evitar o aumento. O presidente, deputado Dionísio Lins, informou que vai solicitar à SuperVia que encaminhe para a comissão as planilhas de custo com as receitas dos últimos 3 anos.
"Não há dúvida que a pandemia impactou muito no poder econômico da população, e consequentemente no número de usuários dos transportes, mas aumentar a passagem nesse momento alegando que esse valor já havia sido homologado pela Agetransp em dezembro de 2020 com base no IGP-M, é no mínimo uma covardia", justificou Dionísio.
Ele informou também que pedirá cópias das tratativas que estão sendo feitas entre a secretaria estadual de Transporte e a Supervia para reverter a situação. Dionísio reforçou que recentemente o Conselho-Diretor da Agetransp reconheceu que é de responsabilidade do governo do Rio de Janeiro ressarcir emergencialmente a empresa no valor de R$217 milhões devido as perdas financeiras da empresa por conta da pandemia, além de R$136 milhões para ressarcir possíveis futuros lucros e dividendos.
"Empresário não faz caridade e o que importa é o valor da tarifa cobrada. Para entender melhor o que ocorre, vamos solicitar também a homologação feita pela Supervia em dezembro de 2020, até porque o estado encontra-se hoje em um regime de recuperação", explicou.
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