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Agosto Laranja: Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

Durante todo o mês de agosto é tratado a pauta sobre a conscientização acerca da doença neurológica que acomete milhões de pessoas; saiba mais sobre a doença


Por Larissa Marques


Foto: Reprodução/Freepik

O mês de agosto é considerado como agosto Laranja, pois é lembrado o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, no dia 30. A EM – sigla para Esclerose Múltipla -, é uma doença do tipo crônica, neurológica e progressiva. Por também ser autoimune, é uma enfermidade em que as células do próprio corpo atacam o sistema nervoso central. Como consequência, a EM provoca lesões cerebrais e na medula.


A saber, a doença é rara e não tem cura, portanto o tratamento serve para amenizar as ações inflamatórias e ocorrência de surtos, visto que ataca o sistema nervoso. Ainda, pessoas entre os 20 e 40 anos são diagnosticadas comumente. Estima-se ainda que mundialmente cerca de 2,2 milhões de pessoas possuem a doença e no Brasil 35 mil pessoas, segundo estudos. A incidência de casos é considerada maior, sobretudo, em mulheres.


Os sintomas mais comuns da Esclerose Múltipla são:

  • Fadiga;

  • Dormências ou formigamentos;

  • Dor ou queimação na face;

  • Dificuldade na coordenação motora como rigidez muscular, espasmos e dificuldade ao caminhar;

  • Problemas visuais como a visão borrada, manchas escuras, perda visual ou até mesmo visão dupla;

  • Alterações de humor, a depressão e ansiedade;

  • Falta de coordenação, assim como também tonturas e desequilíbrios;

  • Disfunção da bexiga e/ou do intestino;

  • Disfunção erétil, no caso dos homens e redução de lubrificação vaginal nas mulheres;

  • Entre outros sintomas.


O processo da doença é progressivo. A princípio, ocorre a perda de uma substância chamada mielina, que está presente em todo o sistema nervoso e faz com que os impulsos nervosos atravessem os neurônios. Com a perda dessa substância acaba ocorrendo a interferência na transmissão desses impulsos.


Foto: Reprodução/Hospital Israelita Albert Einstein/Estadão

Posteriormente à perda da mielina, chamada de desmielinização começa a ocorrer a inflamação e que evoluem para formação de cicatriz. Todavia, o organismo humano tenta inibir esse processo inflamatório, mas na formação da cicatriz, o paciente acaba perdendo a função que o organismo tem de auto regeneração de suas células. Ademais, isso ocorre em vários momentos e em zonas do sistema nervoso central.


Ainda não se sabe as causas exatas da EM, no entanto, cientificamente, o surgimento da Esclerose está relacionado com mutações genéticas em vários genes, que podem ser hereditárias ou até mesmo de forma esporádica, mas que mesmo assim é capaz de desregular o sistema imunológico e assim causar a doença.


Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, essas predisposições genéticas, combinadas com alguns fatores ambientes, como por exemplo as infecções virais (Vírus Epstein-Barr); se expor ao sol e níveis baixos da vitamina D; a obesidade e se expor ao tabagismo podem funcionar como “gatilhos” para o surgimento da Esclerose. Em suma, ressaltam que esses fatores ambientes são considerados durante a adolescência, um período de maior vulnerabilidade.


De acordo com o Dr. Rodrigo Thomaz, neurologista do Einstein, assim que diagnosticado o tratamento consiste em medicamentos que são específicos e que ajudam na regulagem do sistema que está imune. O doutor salienta que em casos que são considerados particulares e que faz com a doença esteja em um estado mais grave, poderá haver a necessidade de realização de um transplante de medula óssea, ele cita ainda o transplante do tipo autólogo. Esse é um tipo de transplante em que as células provirão do próprio receptor, ou seja do próprio paciente.


Com relação a cura, o neurologista afirma que a doença é muito pesquisada em todo o mundo e que já há vários tratamentos, que de forma significativa já alteram a evolução da doença. Ademais, menciona que a eficácia está relacionada com o momento em que foi iniciado o tratamento, associado em mudanças de hábitos, na prática de esportes, no controle de problemas emocionais, estresse e dietas saudáveis. Ele salienta que existe e ainda existirão muitos avanços na manipulação da doença. “A cura é uma esperança!”, afirmou.



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