A valorosa importância da existência de museus

O Brasil ainda tem muito mais história pra contar

Por Luana Gomes

(Museu Teatro Amazonas)

Museus são resquícios de uma vivência que fez história. São lembranças de um povo que, de certa forma, nos trouxe ao que somos, sejam com os nossos hábitos, cultura e língua.

É ter a possibilidade de emergir numa época, viver uma vida que não foi possível. Com ele aprendemos como os idiomas mutaram com o tempo, as vestimentas ficaram menos oponentes, grandes descobertas, que atualmente só nos resta a gratidão por alguém ter começado.

É uma grandiosa oportunidade ter a experiência de entrar nos livros de história.

Com isso, deixo aqui uma reflexão sobre, se o Museu Imperial, que fica localizado na região serrana, do Rio de Janeiro, não poderíamos ver detalhes, objetos, aquilo que um dia foi vida. Sem o Palacete Provincial, que fica no centro histórico da cidade de Manaus, capital do Amazonas, que abriga nada mais, nada menos, que 5 museus, que, por mais de 100 anos, foi um quartel da polícia militar.

Mas se histórias existem, por qual motivo não existe a valorização de nos introduzir na história, com museus que mostrem as dores, as angústias da ruptura de uma vida, como foi na época dos escravos e na ditadura?

Por que não há interesse de fazer o povo brasileiro entender suas dores? Essa espécie de ocultismo, faz com que grande parte da população esteja aquém as mazelas do passado.

Basear-se apenas nos livros, deixar que aprendamos apenas através das perspectivas de historiadores, resulta, possivelmente, na incapacidade de sentir empatia pelo próximo, de sentir indignação, de sentir repúdio em relação à consciência do que um ser humano é capaz de fazer com o outro.

O Brasil não trabalha com honestidade, quando o assunto são as dores da escravidão e a ditadura. Claramente é uma ferida aberta, onde não parece ter a intenção de curar.

Onde estão as facetas dos heróis da ditadura?

Como se orgulhar da bravura de um escravo, sem seus rostos para todos possam conhecer?

Seus rostos, suas histórias, estão trancados embaixo de interesses e ignorância.

*Fonte:conhecendomuseus.com.br