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A obra onde aconteceu o vazamento faz parte do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco, inaugurado em junho por Bolsonaro. Moradores foram levados para abrigos e casas de parentes
Por Jessica Mesquita
Moradores do entorno da barragem Jati, no interior do Ceará, precisaram sair de suas casas às pressas por conta do rompimento de uma tubulação, informou o Ministério do Desenvolvimento Regional. Segundo a pasta, 2 mil pessoas foram evacuadas preventivamente e levadas para abrigos e casas de familiares. Não há registro de feridos.
O vazamento aconteceu no trecho de transposição do Rio São francisco, no eixo norte, que foi inaugurado dia 26 de julho pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o Ministério, o vazamento aconteceu na sexta-feira (21) e foi contido durante a noite e a madrugada, mas houve dificuldade de avaliação técnica da estrutura por falta de iluminação.
Os moradores tiveram que ser levados para hotéis, pousadas, alojamentos na região ou poderão optar por casas de parentes, diz a pasta.
"A gente saiu de lá porque estava correndo risco, não confiei de ficar lá. A sorte nossa é ter isso aqui (abrigo), se não 'tava' na rua. Não deu tempo pegar nada, só os documentos", afirmou o aposentado José Cândido de Oliveira, de 75 anos.
A pasta diz que não há risco de rompimento da barragem.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Ceará, coronel Eduardo Holanda, afirmou que a situação está sob controle e que não há risco iminente.
“Nesse momento a gente já pode passar para a população que a situação está sob controle e que não há risco eminente. A gente vai avaliar ainda a necessidade de retirada daquela comunidade mais próxima à barragem mas sob um caráter absolutamente preventivo. Não tem uma situação crítica no que se refere à segurança do equipamento”, disse o coronel.
De acordo com o G1, equipes da Defesa Civil, Agência Nacional das Águas e técnicos do ministério do Desenvolvimento Regional estão atuando no local para realizar a recuperação do equipamento.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, foram ao local nesta manhã acompanhar a situação na barragem. Especialistas em segurança de barragens e em gestão de riscos também compõem a equipe da Defesa Civil Nacional enviada ao local, conforme o Ministério.
Além deles, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também se dirigiu ao local neste sábado para acompanhar os trabalhos.
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