12 de julho: Dia mundial contra o trabalho infantil

Pandemia pode levar o aumento de indicadores após 20 anos.

Por Luana Silva

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Nessa sexta-feira (12) é celebrado o dia mundial contra o trabalho infantil, data cria pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006. No Brasil, segundo dados levantados pelo IBGE em 2016, cerca de 2,4 milhões de crianças e adolescentes exercem algum tipo de trabalho, o que representa 6% da população dessa faixa etária.

As regiões nordeste e sudeste registram os maiores números, sendo que no nordeste grande parte do trabalho infantil está relacionado as atividades agrícolas. Além disso, crianças e adolescentes pretos trabalhadores são maiorias nos números.

No mundo, os maiores números de trabalho infantil se concentram no continente Africano. seguido pela Ásia e do Pacífico. O trabalho infantil está concentrado principalmente na agricultura (71%), seguida do setor de serviços (17%) e do setor industrial (12%).

Em maio desse ano o caso da menina Zohra relembrou ao mundo a crueldade do trabalho infantil. Com apenas 8 anos, Zohra era explorada como empregada doméstica no Paquistão por um casal rico, em 31 de maio foi torturada por eles até a morte, segundo relatos, por ter deixado dois papagaios escaparem da gaiola quando foi alimentá-los.

Zohra teria sido contratada para cuidar do bebê do casal que prometeram arcar com os custos de sua educação. Crianças exercendo o trabalho doméstico, é muito comum no país, principalmente em troca de educação, há cerca de 12 milhões de crianças trabalhadoras no Paquistão.

O trabalho infantil pode causar grande danos as crianças, tanto psicológicos quanto físicos, além de gerar o desinteresse pelos estudos, reproduzindo o ciclo de pobreza da família.

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A pandemia pode agravar essa situação.

Na nota publicada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), alertam que a pandemia pode aumentar os números do trabalho infantil, dados quais tinham apresentado quedas na pesquisa realizada em 2016.

Segundo o relatório, à medida que a pobreza aumenta e as escolas permanecem fechadas, as crianças serão forçadas ao trabalho infantil. Nesse momento, as crianças devem ser protegidas mais do que nunca, como diz a campanha desse ano da OIT.

Referencias: Vaticann News, TST, Nações Unidas e Rede Peteca.