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  • Yngrid Alves

Vacina contra HIV avança para fase 3 em testes e UFMG recruta voluntários para testar sua eficácia

O estudo da vacina está sendo desenvolvido em oito países na América do Norte, América Latina e Europa. Em Belo Horizonte, 120 voluntários devem participar da fase de vacinação

Créditos: iStock

As duas vacinas em teste no Brasil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) avançam para a fase 3 e a instituição já dá início ao processo de teste de vacinação em voluntários. A pesquisa, que recebeu o nome de mosaico, é financiada pela farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson e pelo National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos.

As vacinas, Ad26.Mos4.HIV e Bivalent gp140, juntas, são capazes de responderem, de forma eficaz, imunologicamente ao vírus no organismo. Portanto, a mesma pessoa irá receber uma dose de cada vacina em questão. Segundo a UFMG, os imunizantes testados nesse estudo não causam a infecção por HIV ou Aids, "porque utilizam apenas fragmentos do vírus".

De acordo com o professor e pesquisador responsável pelo estudo da UFMG, Jorge Andrade Pinto, embora a eficácia da vacina não seja alta, já é o suficiente para frear bruscamente os casos. “Como o HIV é tão disseminado e de controle tão difícil, várias estimativas indicam que, mesmo que a vacina não seja altamente eficaz, ainda vai poder diminuir bastante o impacto da epidemia”, disse ele.

Além disso, o professor indica que a fase 3 é uma vacinação “às cegas”. “Nem a pessoa que está recebendo, nem a pessoa que aplica a vacina sabe qual está recebendo. Um grupo será vacinado e outro recebe um placebo, que é uma substância inerte que serve como grupo de comparação”, informou.

O estudo conta com uma participação total de 3.800 pessoas em oito países, sorteadas e divididas igualmente entre grupo placebo e grupo ativo. Em Minas, na UFMG, serão 120 pessoas a participar dos testes. Os voluntários devem ser homens cisgênero ou pessoas trans com faixa etária entre 18 e 60 anos de idade, e não estarem infectados pelo vírus HIV.

O pesquisador reitera que aquele que se voluntariar deve estar completamente comprometido com as regras do estudo. A pesquisa tem uma longa duração de 3 anos de acompanhamento e, com isso, são necessárias avaliações de perto. Portanto, é essencial que o voluntário permaneça próximo do centro de estudo, em Belo Horizonte ou em regiões acessíveis.

O candidato passa por uma avaliação médica prévia e, se aprovado, receberá quatro doses das vacinas com um intervalo de 3 meses: as duas primeiras doses contêm o vetor viral e as outras duas contêm o vetor viral e proteica.

Para ser voluntário do estudo da UFMG deve-se fazer a inscrição pelo telefone (31) 99331-3658 ou pelo e-mail mosaico.minasgerais@gmail.com. As inscrições vão até junho ou até as vagas serem preenchidas.






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