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Foto do escritorMayara Beani

Surto de Chikungunya põe o Estado de SP em alerta

São 5.081 casos notificados e 1.079 confirmados no 1ºtrim. de 2021, contra apenas 215 casos em 2020

Mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika, Aedes Aegypti. João Paulo Burini/Getty Images via BBC

Em boletim de alerta emitido pelo Governo do Estado de São Paulo em parceria com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS/SP) no início de abril, com o fechamento da 13ª semana epidemiológica (SE), o estado apresentou 5.081 casos notificados e 1.079 confirmados de contaminação por Chkungunya, um crescimento alarmante se comparado com os 215 casos notificados em todo o ano de 2020.

O principal foco do surto está localizado na região da Baixada Santista, que responde por 94% das notificações (4.765 casos) e 97% das confirmações (1.049 casos) de todo o estado no período que vai de janeiro a 03 de abril de 2021, mas o receio das secretarias de saúde é de que este surto se espalhe pela capital e grandes cidades do interior.

Fonte: SINAN. Dados atualizados em 05.04.2021.

A Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que também pode transmitir Dengue e Zica. Conforme informações da prefeitura de Santos, não há casos registrados de Zica na região, porém os casos de dengue subiram 75,9% nos três primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado.


O primeiro óbito por Chikungunya foi registrado na cidade de Santos, um homem de 87 anos, o único no Estado de SP, já em relação à Dengue, o estado registrou 9 óbitos até a 13ª SE.

A Baixada Santista, foco do surto, vem trabalhando com ações intensivas no combate à proliferação do mosquito, incluindo nebulizações costal – aplicação de inseticida dentro de imóveis – nebulização pesada, com carro fumacê – nesta aplicação, o veículo faz três passagens para garantir a aderência do inseticida e é recomendado aos moradores que deixem portas e janelas abertas para que o veneno penetre nos ambientes internos.

Além do tratamento químico, ações educativas em pontos estratégicos da região, escolas e condomínios, e visitas casa a casa, seguidas de inspeções são realizadas pela equipe de agentes de saúde, a limpeza e mutirão para eliminação de focos em prédios abandonados e terrenos baldios, além de armadilhas para o monitoramento da incidência de mosquitos espalhadas pela cidade.

A preocupação das autoridades sanitárias no momento, é quanto a uma possível ocorrência de três ou quatro epidemias concomitantes, com o início da sazonalidade da Influenza, considerando a atual crise da Covid-19, somando-se à Dengue e Chikungunya, o que pode agravar o colapso no setor da saúde.

Ações educativas e congressos especializados em arboviroses, destinados aos profissionais da saúde procuram orientar sobre as técnicas para diferenciação das referidas enfermidades, e o comportamento da Dengue e Chikungunya, se contraídas concomitante com o Covid-19, já que este é um cenário novo e ainda pouco estudado.

As ações no âmbito Estatual e Regional da Baixada Santista, têm sido coordenadas e assertivas, porém a colaboração da população neste momento é de suma importância, as principais recomendações de prevenção são:


• Lave os utensílios de armazenamento de água por dentro com escova e sabão (garrafas, baldes, jarras; vasos);

• Limpe as calhas de chuva, removendo folhas e sujeira que possam impedir o escoamento da água;

• Não deixe água parada acumulada em lajes, telhados, quintais e terrenos vazios;

• Coloque areia nos pratinhos de vasos de plantas;

• Mantenha a caixa d‘água sempre fechada e vedada;

• Garanta que o lixo permaneça fechado e longe do alcance de animais até o recolhimento;

• Evite o acumulo de materiais em desuso que possam acumular água (pneus, vasos, latas, potes e semelhantes);

• Denuncie áreas de risco no entorno, tais como prédios abandonados, piscinas e cisternas desativadas, terrenos baldios com acúmulo de lixo e outras situações semelhantes em que possa haver água parada. As denúncias podem ser realizadas pelo telefone do CVE/SP: 0800-555466, ou pelo site da prefeitura de seu município, na Vigilância Sanitária e Epidemiológica da região.

Como sinalizado pelo CVE, os sintomas da COVID-19, Influenza, Dengue e Chikungunya podem ser parecidos, na tabela abaixo podemos verificar algumas semelhanças e diferenças entre essas doenças:

Foto: Mayara Beani/Femme News


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