Um resumo das principais notícias da semana sobre a Covid-19
Com 498.499 mortos e 17.801.462 infectados desde o início da pandemia conforme o site oficial do Ministério da Saúde, o Brasil se aproxima da triste marca de 500 mil mortos pela Covid-19. Só nas últimas 24h, foram 2.495 novas mortes, registrando mais de 2 mil mortes na média móvel dos últimos 7 dias, pela segunda vez nesta semana.
E conforme boletim emitido pela Fundação FioCruz (Observatório Covid-19) emitido na última segunda-feira (14), a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19, até está em situação crítica em 18 estados do país.
No interior do estado de São Paulo, diversas cidades emitiram alertas de falta de leitos nos hospitais, e iniciaram novas medidas restritivas para conter o avanço das infecções, como é o caso de Araraquara, que iniciou novo lockdown, ou São Roque que decretou o fechamento de bares e restaurantes durante o final de semana do dia dos namorados, em que era esperado grande volume de turistas na região do vale do vinho.
E diante deste cenário, o Presidente Jair Bolsonaro, solicitou ao Ministro da Saúde Marcelo Queiroga na semana passada, um “parecer” quanto à possibilidade de desobrigar o uso de máscaras por pessoas que já tenham contraído Covid, ou já tenham sido vacinados. Mesmo após o parecer contrário de outras autoridades sanitárias, o Presidente voltou a criticar o uso de máscaras em eventos políticos dos quais participou nesta semana, gerando aglomerações.
A OPSPAHO (Organização Pan Americana da Saúde) por sua vez, publicou em suas redes sociais, novas orientações reforçando a necessidade do uso de máscaras e distanciamento social, mesmo por aqueles que já se vacinaram, uma vez que, mesmo não desenvolvendo sintomas, o indivíduo vacinado ainda pode transmitir o vírus a outras pessoas não vacinadas.
Vacinas
Mas nem tudo são notícias ruins, ontem (17) o Brasil aplicou 2,2 milhões de doses da vacina em 1 único dia, batendo o recorde de aplicações desde o início da campanha de imunização contra Covid-19, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, foram 2.088.159 primeiras doses e 132.686 segundas doses.
O ritmo da vacinação aumentou, e nesta semana tivemos a antecipação do calendário de vacinação em diversos estados, como é o caso de SP e RJ, em que os Governadores criaram uma espécie de “competição” nas redes sociais, pra ver quem vacina primeiro a sua população. Em SP, a programação do Governo do estado prevê que toda a população acima de 18 anos estará vacinada até 15 de setembro, no RJ, a previsão foi ainda mais otimista, e espera vacinar todos até 31 de agosto.
Nesta quinta-feira (17), tivemos também o anúncio da Cidade de São Paulo, informando que maiores de 18 anos sem comorbidades, já podem se cadastrar para receber a “xepa” – sobras das vacinas já abertas nos pontos de vacinação, que para evitar o descarte, são aplicada a pessoas fora dos grupos prioritários;
A orientação da Secretária da Saúde é que as pessoas se inscrevam na UBS mais próxima da residência ou trabalho, com um documento de identidade com foto, como RG e CNH, e com um comprovante de residência.
Toda essa agilidade nas vacinações é composta principalmente por doses de Coronavac (vírus inativado – Instituto Butantan), Oxford/Astrazeneca (vetor viral - Fiocruz), Pfizer (RNA mensageiro – importada).
Os imunizantes Covaxin (vírus inativado - Bharat Biotech) esperando aprovação da ANVISA, Sputinik (vetor adenoviral – Gamaleya), tiveram a aprovação com restrições pela ANVISA, sendo liberados para aplicação em volumes restritos, dentre as restrições estão o uso exclusivo de lotes produzidos após as adequações realizadas nas fábricas, maior rigor na amostragem/avaliação da qualidade dos lotes, e agilidade na notificação de eventos adversos.
A tão esperada vacina da Farmacêutica Janssen (vetores de adenovírus – dose única), cuja antecipação prevista pelo Ministério da Saúde, contava com a chegada na quarta-feira (16) sofreu atrasos, e o recebimento das 3 milhões de doses é previsto apenas para a próxima semana, mas ainda sem data definida.
Ainda se falando de vacinas, no final da última semana, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou que a vacina da Pfizer contra a covid-19, poderá ser aplicada para adolescentes a partir de 12 anos. Atualmente a recomendação aplicava-se apenas aos maiores de 16 anos, porém, conforme informações da agência, após a apresentação de estudos pela farmacêutica fora do país, indicando a segurança e eficácia da vacina para este público, a nova faixa etária passa a ser considerada.
O Instituto Butantan, informou que também entrou com pedido na ANVISA para a aprovação da aplicação da CoronaVac em crianças maiores de 3 anos. “A vacina do Butantan, a CoronaVac, teve a sua aprovação para o uso em crianças de 3 a 17 anos na China, e essa documentação está sendo incorporada aqui também pela nossa Anvisa”, revelou Dimas Covas.
Comments