Há resistência e tentativas de prosseguir com os campeonatos independente das recomendações
Brasil, março de 2020 e o pico da pandemia acontece em solo brasileiro. A nação é o epicentro da covid-19 no mundo e medidas de contenção ao vírus ficam mais rígidas. Em São Paulo, todas as práticas esportivas foram paralisadas inicialmente entre os dias 15 e 30 deste mês, por causa da fase mais restritiva do Plano SP. Mas os clubes tanto da capital quanto da grande São Paulo e interior não querem parar.
Dentre os argumentos, o principal para permanecer com as disputas regionais e nacionais é que existe um controle seguro, onde os atletas possuem acompanhamento devido e são monitorados frequentemente. Apesar dessa prerrogativa, o Governo de São Paulo tornou-se precursor nesta pauta em meio ao momento atual. Confira trecho da nota divulgada pela FPF:
"A Federação Paulista de Futebol comunica que se reuniu nesta segunda-feira (15) pela manhã com o Governo do Estado de São Paulo e, à noite, com o Ministério Público Estadual para tratar da paralisação do esporte na Fase Emergencial.
Nos dois encontros, a FPF apresentou um estudo e uma proposta baseada em critérios médicos e científicos, que embasavam o pedido de liberação parcial do futebol neste período, com menos jogos, menos pessoas envolvidas, testes antes e depois de cada partida e uma "bolha de segurança" para atletas e comissão técnicas."
Assim, surgiu a ideia de enviar os jogos para estados vizinhos. O Rio de Janeiro foi o primeiro a ser cogitado e, logo na sequência, houve a negação do pedido. Depois, os times paulistas não só pensaram, mas chegaram a marcar três partidas para esta quarta-feira (17). Apesar de no início ter sido confirmado, a ideia foi por água abaixo hoje cedo também. Belo Horizonte vai entrar na "Onda Roxa" do Minas Consciente nesta quarta. O anúncio do cancelamento foi feito pelo Governador de Minas, Romeu Zema (Novo).
Ainda não se sabe qual será a próxima carta na manga para prosseguir com o Campeonato Paulista e as disputas da Copa do Brasil. As federações estaduais querem, em sua maioria, que continue da forma como estava, porém, cada uma sendo responsável por suas próprias delegações. Assumir o recebimento de duelos entre times de outros locais não foi bem visto, assim o tido como a competição mais equilibrada dentro dos estaduais permanece sem teto.
Também foram suspensos os jogos em Goiás após decreto divulgado nesta terça-feira (16). Uma forma de revezamento 14x14 vai reger o funcionamento de atividades não essenciais. Dessa forma, a partir de amanhã os eventos esportivos estão cancelados e só retomam a partir de 01° de abril. A divulgação foi feita por meio do governador Ronaldo Caiado. O estado de calamidade já atinge 17 de 18 regiões do estado.
De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, cerca de 10 milhões receberam ao menos uma dose da vacina contra a covid-19, em dados divulgados até às 20h desta segunda-feira. Esses dados correspondem a apenas 4,76% da população do país.
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