Foram 6.048 focos de incêndios neste mês de setembro, contra 5.993 em agosto de 2005, que era o recorde anterior
Os focos de incêndios do Pantanal foram de 6.048 no mês de setembro até esta quarta-feira (23) de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número demonstra que o recorde mensal de focos foi alcançado, visto que o recorde anterior era de 5.993 em agosto de 2005.
Ainda resta uma semana para completar o mês, portanto, há a possibilidade dos pontos de incêndios e da perda da flora e fauna do bioma serem ainda mais devastadores. No dia 12 de setembro, 1.093 focos foram detectados em apenas um dia. Uma grande alta de pontos também foi visível em relação ao mês de setembro de 2019: foram 2.887 em 30 dias.
O Pantanal também bateu o recorde anual de focos de incêndios: foram 16.201 pontos registrados de janeiro até esta quarta-feira (23). O recorde anual anterior era de 12.536 nos 12 meses de 2005, sendo assim, a alta de focos é de aproximadamente 29%. Em comparação com o ano passado, o aumento é de 60,8%, visto que foram 10.025 pontos de incêndios detectados pelo Inpe.
Felipe Augusto Dias, o diretor-executivo da SOS Pantanal, declara que a região que possui o bioma enfrenta uma falta de chuvas que, segundo ele, é a única perspectiva de melhora na situação atual. Houve chuvas nos últimos dias, mas elas não foram suficientes para apagar as chamas.
"Não tem outra perspectiva. O fogo fica queimando por baixo, vai queimando e depois surge de novo na superfície, porque às vezes a água não infiltra o suficiente. Para apagar, o ideal é que chova, e que chova muito", explica o diretor-executivo.
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