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Julia Ferraz

Pais de alunos da rede municipal do RJ reclamam do ensino remoto

Atualizado: 2 de jul. de 2021

Responsáveis relatam que aulas não duram mais de 15 minutos

(Fonte: Wikipédia)

Responsáveis por alunos da rede municipal do Rio de Janeiro que optaram por permanecer com o ensino remoto relatam que houve uma redução do ensino a distância. Algumas aulas não chegaram a 15 minutos de duração. Eles contam, também, que as crianças não tem contato com o professor há, pelo menos, duas semanas.


“Eles já tinham a rotina porque está tendo aula on-line todo dia, pelo menos 1 hora por dia e isso estava sendo bom. Com essa perda, tá ficando muito difícil porque na verdade ela (a filha) vai vir uma semana por mês para ter aula”, diz Cristina Dias, mãe de uma aluna.


Na Escola Municipal Barão Homem de Melo na Vila Isabel, Zona Norte do Rio, os alunos que optaram por permanecer no ensino remoto também relatam que perderam o direito à aula on-line.


“Não pode uma criança ter uma semana de aula presencial e ficar três semanas sem aula. Isso é um absurdo”, diz o pai de um aluno, Álvaro do Nascimento.


A filha de Alessandra Fernandes está no terceiro ano do ensino fundamental. A mãe diz que a única aula que a filha teve essa semana foi de educação física.


“O restante do conteúdo ela perdeu. Não tem mais aula on-line com mais nenhum outro professor” conta Alessandra.


Os alunos que estão estudando em casa só têm acesso à Tv Escola e aos exercícios que os professores postam em um aplicativo, mas segundo os pais, um dos vídeos desta semana tinha menos de 12 minutos de duração e não era um vídeo novo.


A situação também atrapalha os alunos que retomaram o ensino presencial. Segundo os responsáveis, no esquema de revezamento de turmas, durante o período em que os alunos ficam em casa eles também não têm acesso às aulas on-line e nem aos professores para tirar dúvidas.


Segundo o defensor público Rodrigo Azambuja, o ensino remoto deve ser garantido para que optou por ele até que toda a população esteja vacinada.


“A gente tem defendido o retorno presencial responsável dos alunos, porque sabe que essas técnicas não presenciais não conseguem garantir todo o padrão de qualidade com o professor dentro de aula. Agora, no estado do Rio de Janeiro existe uma lei estadual, que é a lei 8991, que assegura o direito dos pais e dos alunos maiores de 18 anos optarem por essas atividades pedagógicas não presenciais enquanto não for descoberto nenhum remédio ou então aconteça a imunização completa da população” disse ele.


O sindicato representante dos professores diz que é necessário manter o ensino remoto por conta das escolas que ainda não foram reabertas.


“Nós entendemos que o ensino durante a pandemia sofreu um prejuízo enorme. Nós sabemos que a escola nesse cenário é fundamental. A nossa opinião é que, apesar do prejuízo gerado pelo ensino remoto, essa é a saída diante de um cenário de pandemia não controlada para as escolas que não conseguem abrir inclusive por conta de estrutura” diz o coordenador-geral do Sepe, Gustavo Miranda.


A Secretaria Municipal de Educação afirma que o currículo está sendo mantido com a mesma carga horária tanto para o ensino remoto quanto para o ensino presencial. A Secretaria afirma, ainda que os alunos optantes pelo ensino remoto fazem as mesmas atividades que os alunos das aulas presenciais, mas fazem em dias diferentes.


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