Abandono afetivo paternal: Realidade para milhares de famílias, além de trazer marcas profundas
O pai de Gilberto, do BBB 21, que tem o mesmo nome do participante, reaparece e revela vontade de estreitar os laços com o economista. Relação essa, que segundo o Brother, nunca existiu. O pai saiu de casa, quando Gil tinha apenas 4 anos de idade, após um casamento turbulento com a mãe do participante, Jacira Santana. Ao nascer, Gil revelou ter sido rejeitado por seu pai que não o considerava ser “tão preto”, para ser seu filho.
Gil não encontra o pai há 15 anos, quando o convidou para um concurso de modelos, seu pai não compareceu e disse que tinha vergonha do filho.
Mesmo tendo renegado o filho por boa parte de sua vida, Gilberto pai disse que deseja apagar da memória as lembranças ruins do passado e que tem muito orgulho do filho, por toda sua trajetória.
Após aparição do pai, internautas comentam sobre essa atitude, sabendo do índice de popularidade do participante.
Abandono afetivo paternal
No Brasil, segundo os dados do Conselho Nacional de Justiça, feitos em 2019, há mais de 5 milhões de brasileiros sem o nome do pai na certidão de nascimento e mais de 11 milhões de mães solos. Só no primeiro semestre de 2020, mais de 80 mil crianças foram registradas sem o nome do pai na certidão de nascimento.
Porém o abandono afetivo paternal vai além da falta do nome na certidão ou a falta de carinho, mas sim a negligencia na hora da educação e cuidados da criança e adolescente. Esse abandono pode trazer consequências na vida dessas crianças, podendo causar ansiedade e sentimento de abandono.
“Acho que todo filho que é criado só por mãe se sente rejeitado, desprezado e inferior ainda mais quando estão em idade escolar.” - Disse Michelle Silva, doméstica de 38 anos, mãe de três filhos.
“O pouco que lembro da convivência com meu pai, lembro que ele era infantil e não agregava em nada positivo na minha educação e formação” - Disse Luana Souza e completou dizendo que a ausência dele foi a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido e que há 10 anos não o ver.
Apenas nos últimos anos filhos começaram a levar para a justiça pedindo direito a indenização pelo abandono paternal. O primeiro caso foi em 2005 e o pedido foi negado pelo o Superior Tribuna de Justiça (STJ). Somente em 2012 houve um caso onde o STJ reconheceu o caso e aprovou a indenização.
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