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Isabela Oliveira

Os Piores filmes de 2020

Todos os anos existem categorias de filmes bons e ruins, então dessa vez foram selecionados as piores produções originais das plataformas de streaming e cinema produzidos de 2020


Mau-Olhado, de Elan Dassani


Usha Khatri fica feliz quando sua filha, Pallavi, liga dos Estados Unidos contando que está apaixonada. Mas, a felicidade de Usha se transforma em medo quando ela percebe semelhanças entre o rico namorado de Pallavi com um homem que tentou matá-la décadas atrás. Amigos e familiares acreditam que Usha está enlouquecendo, mas ela tem cada vez mais certeza de que o namorado da filha é a reencarnação desse homem cruel.


DIVULGAÇÃO

Apesar da representatividade e do choque cultural interessante, ‘Mau-Olhado’ é um perfeito desastre em tudo que se propõe. O terror é péssimo e mal concebido, o drama familiar não convence e a trama, sem pé nem cabeça, é a pura essência do desperdício de tempo do espectador. Está cada vez mais distante acreditar que vai sair algo minimamente bom dessa colaboração entre a Blumhouse e a Amazon. O terrível vírus de preencher catálogo da Netflix está contagiando outros serviços que antes prezavam pela qualidade acima de tudo.


Os Órfãos

A trama acompanha Kate, recém-contratada como governanta da Mansão Bly, onde terá a tarefa de lecionar duas crianças órfãs que lá moram, a inocente Flora e o jovem Miles. Quanto mais tempo passa lá, mais coisas estranhas começam a acontecer e ela se vê ameaçada por uma presença fantasmagórica. Se a sinopse parecer familiar é porque se trata de uma adaptação de um dos maiores representantes deste subgênero, A Outra Volta do Parafuso, de Henry James. O romance de 1898, influente no horror como um todo, definiu a estrutura e os temas que uma boa história de mansões assombradas deve ter, como o cenário grandioso e cheio de segredos e manifestações do fantasma que desestabilizam os personagens aos poucos. A obra original já teve desde adaptações diretas, como Os Inocentes (1961), e também outras levemente inspiradas, como Os Outros (2001). Os Órfãos, porém, ficam no meio termo.


DIVULGAÇÃO

Mansões assombradas e fantasmas são praticamente a base do horror, mas é preciso entender que já não rendem mais tantos sustos quanto em seu auge. A maior qualidade do terror é a capacidade de adaptação aos medos contemporâneos, sempre se reinventando. Assim as obras modernas que usam elementos clássicos precisam de algum diferencial, algo que fuja de décadas repletas dos mais variados trabalhos e abordagens para oferecer originalidade.


A Caverna (Time Trap)


A trama acompanha os jovens universitários, Taylor e Jackie, que saem em busca de Hoppe, seu professor de arqueologia que desapareceu repentinamente enquanto investigava o paradeiro de seus pais, um casal de hippies que na década de 1970 foram à procura da lendária fonte da juventude e nunca mais retornaram. Para a missão de resgate do mentor, a dupla contará com o apoio de Cara, sua irmã caçula, Veeves e o atrapalhado Furby. Contudo, o grupo acaba preso em uma caverna subterrânea, onde o tempo passa de maneira diferente.



Foto: A Caverna/ Divulgação

Apesar de possuir uma premissa atraente e genuinamente interessante, o roteiro de Dennis a desperdiça ao compor uma narrativa desprovida de qualquer coesão e sutileza. De maneira abrupta, o tom do filme alterna entre algo sóbrio, flertando inclusive com elementos do suspense nas partes em que o grupo tenta decifrar os mistérios da caverna, e a mais completa galhofice com direito inclusive a uma batalha mal coreografada entre homens das cavernas e um gigante vindo do futuro, criando assim, um peculiar senso de humor nonsense que acaba por destoar demais do que havia sido estabelecido até então. Em síntese, há duas propostas contrastantes presentes no filme que, aparentemente, se leva a sério demais para assumir de vez a canastrice, ao passo que também não abre mão de ideias que de tão absurdas acabam gerando uma espécie de humor involuntário.


Sem Conexão


Em Sem Conexão, um grupo de adolescentes dependentes de tecnologia vai para um acampamento offline. Caminhadas na mata sem acesso a smartphones viram sua nova rotina, os desconectando do mundo virtual. Logo eles vão descobrir que um perigo mortal está à espreita na floresta, precisando confiar uns nos outros se quiserem vão descobrir que um perigo mortal está à espreita na floresta, precisando confiar uns nos outros se quiserem sobreviver.


NETFLIX/DIVULGAÇÃO

Acontece que o filme polonês consegue carregar praticamente todos os clichês construídos por muitos dos seus antecessores, mas não o faz displicentemente. Parece que cada escolha é mais uma reverência ou uma demonstração de humildade, o que, além de fazer com que o resultado seja, aparentemente, despretensioso, carrega todo o potencial intrínseco ao subgênero.


The Last Days of American Crime


Em The Last Days of American Crime, num futuro não muito distante da realidade, o governo dos EUA inventa a transmissão de um sinal que impossibilita a prática de atos ilegais. Pensando nisso, um grande assalto é planejado por um ladrão de bancos antes desse novo sistema entrar em ação.


NETFLIX/DIVULGAÇÃO

Nem todo mundo tem paciência de ver o romance tórrido de Ramirez e Anna, ainda mais com a atuação exaustiva de Pitt ao longo de 2h30. E esse é justamente o maior problema por aqui. Se tivesse uns 30 (ou mais) minutos a menos e melhor edição, sem querer se aprofundar demais em vários temas simultaneamente, talvez The Last Day of American Crime obtivesse mais sucesso.


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