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Abstenções e falhas marcaram o Enem que, na visão do ministro da Educação, foi um sucesso
Aconteceu, no último domingo (24), o segundo dia de prova do Enem 2020. Um dos maiores vestibulares do país, em que a nota não é usada apenas para ingresso nas universidades públicas, mas também em programas de bolsas (Prouni) e financiamento (Fies) estudantis, teve o maior índice de abstenção da história (51,2%).
Realizado em um período muito delicado, em que a média móvel de mortes por Covid-19 é de mil casos por dia, estudantes relataram descumprimento das medidas de segurança estabelecidas pelo Inep. A estudante Camila Coelho afirmou que no primeiro dia do exame, em sua sala de prova, somente o chefe de sala e o aplicador tiveram acesso ao álcool em gel e que em nenhum momento o produto foi usado para a higienização das mãos dos estudantes. A recomendação do Inep era que os alunos tivessem as suas mãos higienizadas antes de entrarem para a sala. Ela relata que, no segundo dia, o mesmo não aconteceu. O Inep afirmou ter reduzido o número de alunos por sala - assim como Camila, a candidata Sara Fonseca relatou que a sala de prova só estava vazia graças ao número de abstenções. As duas disseram que cerca da metade dos alunos não compareceram.
Mesmo com tantos imprevistos e um percentual alto de abstenção, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, após o primeiro dia de prova, classificou o Enem 2020 como um sucesso, além de culpar a mídia e medo da Covid-19 pela abstenção recorde. Vale lembrar que, em julho de 2020, a maioria dos candidatos votaram para que a prova fosse realizada em maio de 2021 e não em janeiro.
Os alunos que por consequência da superlotação das salas não puderam participar do primeiro dia de prova, puderam escolher entre fazer a segunda prova e pedir a reaplicação somente da primeira ou pedir a reaplicação das duas. A reaplicação acontecerá nos dias 23 e 24 de fevereiro e os aplicantes poderão fazer o pedido para a nova aplicação entre os dias 25 e 29 de janeiro.
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