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Netflix é acusada de hipersexualizar crianças em filme e sofre boicote de internautas

Filme “Cuties” apresenta incentivo à pedofilia e erotização infantil e é criticado duramente nas redes sociais


Foto: Reprodução/Netflix Screengrab/Miami Herald

Nesta quarta-feira (9), a Netflix lançou o filme “Cuties” (“Lindinhas” em português, e “Mignonnes” em francês) em seu catálogo, produção francesa dirigida por Maïmouna Doucouré. O longa conta a história de Amy, uma criança bailarina de 11 anos que pertence a uma família conservadora e se revolta, se juntando com um grupo de meninas que ensaia coreografias de danças depois da escola.


O filme havia sido transmitido no Festival de Cinema de Sundance e ainda ganhou o Prêmio de Direção Dramática Mundial de Cinema. Entretanto, mesmo com tanta aclamação, o público não se agradou com a trama do filme e o jeito como foi abordada.


Após a Netflix iniciar a divulgação do filme nos Estados Unidos, no mês de agosto, os internautas se revoltaram com a hipersexualização das crianças no filme. Vídeos e fotos foram publicados nas redes sociais e, automaticamente, muito criticados, pois as protagonistas apareciam com roupas curtas e em poses consideradas impróprias para menores de idade.


O serviço de streaming foi acusado de sexualizar as atrizes mirins ao escolher a foto do pôster promocional do filme. No entanto, o pôster publicado pela Netflix é diferente do que foi divulgado originalmente na França. Confira:


Foto: Reprodução/Omelete

Logo após toda repercussão, a plataforma se pronunciou em sua conta oficial do Twitter com um breve pedido de desculpas. “Estamos profundamente arrependidos pela arte inapropriada que usamos para Mignonnes/Cuties. Não foi OK, e nem representava esse filme francês que estreou no Sundance. Atualizamos as fotos e a descrição.”


No dia 18 de agosto, a plataforma postou o trailer oficial do filme em seu canal no YouTube. O feedback das pessoas foi negativo e gerou mais de 1,7 milhão de deslikes contra um pouco mais de 41 mil likes, até essa sexta-feira (11). Confira o vídeo aqui.


Foto: Reprodução/Youtube

A diretora do filme contou ao site Deadline que, por conta das divulgações errôneas sobre o longa, vem recebendo até ameaças de morte e que só ficou sabendo do pôster no mesmo instante que o público. "Fui atacada e recebi ameaças de pessoas que nem chegaram a assistir ao filme", disse.


Maïmouna também relata que o projeto foi criado para retratar a sua história, sendo bem semelhante com a protagonista Amy, e que o filme não é o que estão pensando. "Eu realmente espero que quem não assistiu, assista. Tenho esperança de que eles entenderão de que estamos do mesmo lado nessa batalha. Se juntarmos forças, conseguiremos mudar esse mundo que hipersexualiza nossas crianças”, completa.


Mesmo depois dos esclarecimentos, grupos de pessoas nas internet fizeram uma petição online para impedir que a estreia do filme ocorresse, todavia não funcionou. Mas, após seu lançamento, mais e mais pessoas se mobilizaram para boicotar o serviço de streaming, levantando a hashtag #CancelNetflix que liderou o ranking dos principais assuntos mais falados no Twitter nesta quinta-feira (10). Confira alguns tweets:



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