Fundação do 1º jornal do Brasil completa 212 anos

Conheça o marco histórico para a imprensa brasileira e sua importância jornalística

Por Beatriz Catão

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Há 212 anos, no dia 10 de setembro de 1808, foi fundado o primeiro jornal editado, impresso e publicado no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, que era fabricado em maquinários trazidos da Inglaterra. Sua circulação perpetuou por treze anos (1808 – 1821) e marcou o início da imprensa brasileira por ser o primeiro meio de comunicação após a chegada da família real portuguesa.

Antes disso, a imprensa era uma atividade proibida, então todo tipo de informação só chegava ao país através de periódicos europeus. Portanto, a Gazeta surgiu como uma espécie de órgão oficial do governo português, sofria censura e manipulação nas edições e só podia publicar notícias de interesse da corte portuguesa.

Essa censura foi extinta no dia 2 de março de 1821 e, a partir de 29 de dezembro de 1821, o jornal passou a se chamar apenas Gazeta do Rio. Um ano depois, em 1822 com a proclamação da Independência do Brasil, a Gazeta deixou de circular no país e Dom Pedro I criou o Diário Fluminense. Entretanto, a censura à imprensa só deixou de existir em 1827, ainda no Primeiro Reinado.

Com a população insatisfeita com esse modelo jornalístico, o exilado brasileiro Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça lançou, em 1 de julho de 1808, o primeiro jornal brasileiro produzido fora do país, impresso em Londres e trazido clandestinamente para o Brasil através de viagens de navio. Seu conteúdo era o oposto do que as pessoas estavam acostumadas e tinha compromisso com a verdade, sendo seu objetivo “evidenciar os defeitos administrativos do Brasil”, segundo o próprio criador.

Devido à fundação do primeiro jornal brasileiro, o Dia Nacional da Imprensa foi comemorado em 10 de setembro até 1999. No ano seguinte, 2000, o dia foi alterado para 1 de julho, por conta de um projeto de lei apresentado pelo deputado Nelson Marchezan em homenagem ao Correio Brasiliense, que é um símbolo à liberdade de expressão no país após a luta contra a censura.