O segundo mês do ano traz consigo campanhas de saúde que buscam colocar em evidência a Leucemia, Lúpus, Fibromialgia e Mal de Alzheimer
Fevereiro é conhecido por ser um mês colorido devido ao carnaval, entretanto, as cores roxo e laranja estão em destaque, pois fazem alusão a uma campanha de saúde. Esse é um dos meses que visa conscientizar sobre o combate e cuidados com doenças como Leucemia, Lúpus, Fibromialgia e Mal de Alzheimer. As campanhas Fevereiro Laranja e Fevereiro Roxo são distintas.
Fevereiro Laranja A campanha Fevereiro Laranja foi criada em 2005, pela União Internacional para o Controle do Câncer, com o apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde). O mês escolhido foi fevereiro pelo fato de que, no dia 4 de fevereiro, é considerado o Dia Mundial do Câncer. A campanha tem o intuito de alertar para casos de leucemia, que é um dos tipos mais graves de câncer.
Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Os últimos dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que o número de casos novos de leucemia para o Brasil no ano de 2020 seria de 5.920 ocorrências em homens e 4.890 em mulheres, totalizando 10.810. Apesar da gravidade, a doença possui tratamento e, grande parte das vezes, é realizada de forma bem sucedida.
Fevereiro Roxo Já a campanha Fevereiro Roxo é usada para fazer campanhas a respeito do Lúpus, da Fibromialgia e do Mal de Alzheimer. Enquanto as duas primeiras são doenças autoimunes, a última é uma doença degenerativa, que gera a perda progressiva da memória.
Lúpus
O Lúpus eritematoso sistêmico, ou somente Lúpus, ganhou grande destaque quando a cantora americana, Selena Gomez, anunciou que enfrentava a doença. Lúpus é um distúrbio crônico que faz o sistema imunológico produza anticorpos, que em grande quantidade passam a atacar o próprio organismo, causando inflamação em diversos órgãos como pulmões, pele, articulações e rins, como foi o caso da cantora, que teve que receber um implante de rins.
As causas exatas da doença ainda são desconhecidas, o que se sabe é que ela pode surgir por diversos fatores hormonais, genéticos e ambientais. Menos de 20% dos pacientes diagnosticados com Lúpus tiveram a doença de forma grave. Sendo assim, pessoas que seguem todas as orientações médicas têm os sintomas da doença de forma mais branda.
Para entendermos melhor o enfrentamento do Lúpus, o portal Femme News conversou com Rafaela Souza, de 22 anos. A jovem foi diagnosticada com a doença ainda quando criança, aos 7 anos de idade. Rafaela relatou que seus primeiros sintomas foram a queda de cabelo e uma mancha no couro cabeludo, até então os médicos não conseguiram identificar a doença. Meses depois os sintomas internos começaram a aparecer, como anemia e infecção urinária. Atualmente, Rafaela lida com os efeitos dos remédios, que podem causar cansaço, depressão, azia, inchaço e dores de cabeça. As duas principais medicações, Micofenolato e Hidroxicloroquina, apesar de caras, a jovem consegue tê-los através do SUS (Sistema Único de Saúde), além disso, todo o seu tratamento também é realizado pelo SUS, no hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Rio de Janeiro. É necessário constantes exames, o intervalo de tempo entre eles varia de acordo com o estado do Lúpus, se estiver em remissão a frequência dos exames é de 5 em 5 meses, mas caso tenha algum problema, é preciso realizá-lo de 3 em 3 meses. Os exames são bem específicos e muitas das vezes de alto custo. Rafaela tem uma vida normal com o Lúpus, possui ele apenas como doença, no entanto alerta que ele pode sim ser bastante perigoso, e se não for tratado com rapidez pode se tornar crônico.
Fibromialgia
A Síndrome de Joanina Dognini, ou apenas Fibromialgia, é uma doença muscular, no qual o paciente apresenta dor e fadiga generalizada, insônia, alterações de humor e oscilações na memória, como também a existência de uma grande sensibilidade no corpo. Esta enfermidade não possui cura e pode durar a vida toda. Logo, o tratamento através de cuidados paliativos é essencial.
Sua detecção é possível somente mediante exames laboratoriais e aproximadamente 70% dos casos são em mulheres. Fatores genéticos, infecciosos, emocionais, hereditários ou até físicos podem ser desencadeadores deste mal.
Mal de Alzheimer
O Mal de Alzheimer é uma doença progressiva, que lentamente destrói toda a memória e as funções mentais do paciente. O esquecimento, a confusão e troca de informações como: nomes, datas, documentos são comuns, como também esquecimento contínuo de acontecimentos breves, que serão cada vez mais rápidos com o evoluir da doença.
Um fato importante de detecção do Alzheimer é a constante recordação de fatos antigos, como lembranças da infância e juventude.
Esta é uma doença que afeta em média 2 milhões de brasileiros, por ano e não possui cura, apenas tratamento e prolongamento da vida da vítima, que pode durar anos à décadas. Infelizmente, o paciente vem ao óbito, após a morte de todas as células cerebrais e a destruição dos sistemas neuronais voltados para a execução da respiração, deglutição e a tosse.
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