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Foto do escritorBeatriz Costa

Estudo prevê nove anos de efeito negativo da pandemia sobre emprego e salário no Brasil

Relatório do Banco Mundial afirma que países da América Latina demoram mais para se recuperar quando há perda de emprego em crises


Foto: Correio Braziliense

Nesta terça-feira (20), foi divulgado o relatório "Emprego em crise: Trajetórias para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19", pelo Banco Mundial, que afirma que a crise econômica causada pela pandemia de Covid-19 deve provocar efeito negativo sobre empregos e salários no Brasil por nove anos.


Segundo o relatório, os países da América Latina levam “muitos anos” para se recuperar quando há perda de emprego em crises econômicas e ressalta que as “grandes sequelas” levam estes países à redução "longa e expressiva" dos índices de emprego formal.


"No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais e sofram apenas impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise", revela o estudo.

O Banco Mundial ainda afirma que a crise causada pela pandemia deve provocar "cicatrizes" mais "intensas" àqueles sem ensino superior. Com isso, essas "cicatrizes" seriam o aumento do desemprego, aumento da informalidade e a redução dos salários.

De acordo com o documento, os trabalhadores informais têm menos proteção contra os efeitos de crises econômicas e, assim, a probabilidade de eles perderem o emprego é maior, independentemente da qualificação.

O desemprego no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em abril e se manteve em patamar recorde, atingindo 14,8 milhões de pessoas, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).




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