Escolas de samba não desfilarão em 2021 sem a chegada da vacina

"É simples: se chegar a vacina, teremos samba", disse o presidente da São Clemente, Renatinho Gomes

Por Raissa Martins

Foto: Thilo Schmuelgen/Reuters

Grandes escolas de samba do Rio de Janeiro informaram nesta terça,14, que não desfilarão no carnaval de 2021 sem antes chegar e for disponibilizada para todos a vacina contra a Covid-19. 

O adiamento da comemoração para meados do ano que vem está sendo pensado, pois, as vacinas estão em fases de testes e a confirmação para imunizar a população não tem previsão. O carnaval é uma festa que reúne centenas de milhares de pessoas, e é preciso medidas preventivas definitivas de contágio para que a data do evento prevista no calendário [12 de fevereiro] seja mantida.

- Sem vacina, é inviável realizar o carnaval em qualquer data, seja em fevereiro ou junho. Hoje, as decisões judiciais têm muita força. Há o risco de fazermos investimentos altos e, lá na frente, o contágio voltar a subir e a Justiça determinar a suspensão. O carnaval é um evento de aglomerações, da produção à realização na Sapucaí. Como seria? Componentes a dois metros de distância? Cantando com máscaras no rosto? - argumenta o presidente da Vila Isabel, Fernando Fernandes, segundo o Extra.

- É simples: se chegar a vacina, teremos samba. Como vamos lidar com a multidão sem imunização coletiva? O adiamento para 2022 será inevitável, porque não teremos tempo hábil para arrumar a casa - disse o presidente da São Clemente, Renatinho Gomes.

Na última segunda-feira, 13, durante uma coletiva, o prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que sem vacina não será possível realizar o carnaval no próximo ano em um ambiente sem segurança permanente. Sendo também a favor da modificação da data.