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A tradicional festa de fim de ano conta com vendas de doces e decorações personalizadas
A necessidade de garantir uma renda, gerada pela pandemia do novo coronavírus e o aumento do desemprego, fez as pessoas se reinventarem. Segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal, foram 1,15 milhões de novas formalizações entre o fim de fevereiro, pouco antes do início da pandemia, até o fim de setembro.
Com um mercado cheio de opções e as festividades de fim de ano se aproximando, pequenos empreendedores e artesãos fogem do comum e apostam em decorações personalizadas que representem o espírito natalino.
A confeiteira, Adriana Silva, ficou desempregada durante a pandemia e resolveu transformar o hobby de fazer bolos e doces em profissão. Com a chegada das datas comemorativas, ela resolveu incluir no cardápio as sobremesas natalinas para atrair os clientes, entre os itens estão a guirlanda de brownie, taça natalina e bolo natalino nos sabores de frutas cristalizadas e chocolate.
Por conta dos impactos econômicos da pandemia, os ingredientes estão com os preços elevados e essa é uma das preocupações da vendedora. “As pessoas estão ainda mais preocupadas com o valor, sendo que elas não entendem que o gasto para elaborar um produto saboroso e bonito é alto. O leite condensado é a peça coringa dos doces e bolos, está a quase 6 reais”, desabafou a empreendedora que ainda acrescentou que “se a pessoa não tiver grana para com por atacado, acaba tendo o lucro mínimo com as vendas”.
Adriana explicou que o cliente “come a sobremesa com os olhos”, então é uma grande responsabilidade porque além de estar gostoso, tem que estar bonito. “Natal é uma data que nos traz esperança e todos nós estamos precisando disso agora. Me encanta decorar sobremesas, porque além de eu ganhar dinheiro com algo que gosto de fazer tem a responsabilidade de deixar a mesa das pessoas mais bonitas”, disse a confeiteira.
O aumento da procura por bolos e doces fez com que a oferta aumentasse também. A confeiteira, Juliana Schmidt, trabalha nesta área há 3 anos e desde o ano passado que está personalizando os produtos para o Natal. “Ano passado eu vendi os tradicionais panetones e chocotones, mas não obtive o lucro que eu esperava. Então, este ano eu decidi implementar o panetone trufado”, explicou a confeiteira. Juliana acrescentou que está confiante que a venda deste ano será melhor do que a do ano anterior.
A jovem de 22 anos, Joyce Marques, tem a vida agitada. Ela cursa Administração Pública na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, faz estágio na área e é youtuber. Ela disse que começou a fazer a decoração para usar na árvore de natal em casa, mas a partir disso surgiu a ideia de conseguir uma grana extra com a venda dos enfeites.
“Eu costumava fazer os artesanatos quando trabalhava no ministério infantil na igreja, então acabei aprendendo a usar o feltro. O motivo principal é fazer com que as pessoas tenham em suas casas, enfeites natalinos únicos e personalizados. E também garantir uma grana extra, porque nesses tempos de crises financeiras, não sabemos o dia de amanhã”, contou a jovem artesã.
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