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Em SP, homem é preso após flagrarem câmera escondida para filmar partes íntimas de mulheres

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    Femme News
  • 13 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Mesmo após o acontecimento e com todos os equipamento apreendidos, não foi informado se ele permanece preso


Por Natasha Silveira

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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Na tarde deste sábado (11), policiais civis prenderam um homem de 41 anos na estação Carrão do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, depois de ter sido flagrado portando uma câmera escondida no tênis. O homem está sendo investigado pela Delegacia do Metropolitano (Delpom), onde os policiais prestaram depoimento, entretanto, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) ainda não informou se o homem se encontra preso ou se já foi solto.


Segundo nota da SSP, apreenderam cabos de vídeo, baterias, microcâmera, cartão de memória e um monitor de vídeo, para que fosse feita a filmagem de partes íntimas das mulheres dentro dos vagões, todos os objetos foram levados para perícia do Instituto de Criminalística (IC). Cerca de 97% das mulheres a partir de 18 anos afirmam que já sofreram assédio sexual dentro dos transportes públicos, segundo a pesquisa dos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com apoio da Uber. "É um número muito forte. Esse é o cotidiano da vida das mulheres, a pura expressão do que acontece", disse Jacira Melo, diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão.


Ainda segundo a pesquisa, 46% das mulheres não possuem confiança em utilizar os meios de transporte sem sofrer algum assédio. "O assédio sexual nos meios de transporte é sabido e conhecido por todos, mas ainda pouco abordado, como se fosse algo de menor importância. As mulheres enfrentam encoxadas, ejaculação na roupa e nas pernas, são expostas a violência pesada, que fere o direito de ir e vir", afirma Jacira. Do ano de 2018 para 2020, o número de mulheres que relataram sofrer assédio dentro dos transportes subiu 18 pontos percentuais, de acordo com a pesquisa "Viver em São Paulo - Mulher". Em 2018, a porcentagem de mulheres que disseram ter sofrido assédio era de 25%, agora em 2020 a porcentagem subiu para 43%. A promotora de justiça Fabíola Sucasas inform que os assédios nos transportes costumam ocorrer nos horários de pico, das 7h às 10h e também das 17h às 20h, que é quando a mulher está no meio de muitas pessoas.


Em 2016, um caso repercutiu quando Diego Ferreira Novais, com 27 anos, foi preso por ter ejacular em uma mulher dentro do ônibus na Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, mas somente em 2018 que entrou em vigor a lei federal contra a importunação sexual, que criminaliza a realização de atos libidinosos na presença de alguém e sem o seu consentimento, como toques ou beijos. Os casos que forem enquadrados dentro da lei poderão pegar de 1 a 5 anos de prisão.


Em razão do ocorrido na tarde deste sábado (11), o Metrô foi procurado para alguma declaração sobre o caso, porém, segundo o G1, ainda não foi obtida nenhuma resposta.


 
 
 

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