Confira as indicações para passar o feriado maratonando
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra que é maioria que as pessoas brancas e ainda sofrem com diversas desigualdades sociais. A partir disto, o Dia da Consciência Negra tem como objetivo promover a reflexão sobre o racismo e discriminação que é persistente na sociedade brasileira.
Para lembrar a luta contra o racismo e compreender as marcas deixadas pela escravidão negra no Brasil e no mundo, nós selecionamos 10 filmes e séries para você assistir e entender o porquê o Dia da Consciência Negra deve existir. Confira!
CIDADE DE DEUS
Vamos começar a lista com este clássico filme nacional. A adaptação do livro de mesmo nome de Paulo Lins recebeu três prêmios e foi indicado para diversos outros. O filme Cidade de Deus conta a história de uma comunidade carioca no seu início, nos anos 1960, até ganhar a fama de um os lugares mais perigosos da cidade. Por meio dos moradores Buscapé (Alexandre Rodrigues), um jovem que sonha em ser fotógrafo, e Zé Pequeno (Leandro Firmino), um jovem traficante ambicioso, a trama retrata a realidade da violência, desigualdade social e racial e crescimento do tráfico de drogas na Cidade de Deus.
CORRA!
Haja psicológico! Este filme entra facilmente na categoria da Netflix “ de roer as unhas”, pois você fica tenso do começo ao final. “Corra!’ explora o racismo velado bastante presente ainda na sociedade. A história começa quando o jovem negro Chris (Daniel Kaluuya) viaja para conhecer a família tradicional da namorada branca. O que no começo parece apenas racismo velado se torna um final de semana terrível após Chris descobrir segredos da família da namorada.
INFILTRADO NA KLAN
Só tenho uma coisa para dizer: “Que filme, meus amigos!”. Um breve resumo: Um policial negro que se infiltra na Ku Klux Klan, organização americana racista que defende a supremacia e o nacionalismo branco conhecido como KKK, para sabotá-la por dentro. Ele se comunica com o diretor da organização David Duke (Topher Grace) através de cartas e ligações telefônicas. Quando precisa participar de reuniões presenciais, envia um branco policial no seu lugar para ser seu “dublê” e conquista a confiança do grupo.
MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR
A trama, ganhadora do Oscar de Melhor Filme em 2017, mostra a jornada de Chiron, um homem negro gay e pobre num bairro pobre de Miami, nos Estados Unidos. Em meio à violência, pobreza, racismo e homofobia, Chiron tenta se descobrir e sair daquela realidade. “Em certo momento você precisa decidir quem você quer ser! Você não pode deixar ninguém tomar essa decisão por você” é uma das frases marcantes do filme.
O QUE FICOU PARA TRÁS
Mais um terror para a conta! O filme, que chegou a pouco tempo na plataforma da Netflix, conta a história de um casal refugiados. Os personagens deixam Sudão e vão morar em uma casa cedido pelo governo do Reino Unido. “Até aí, tudo bem”, mas o casal logo percebe que a casa está assombrada e passam a ter diversas alucinações. A trama discute os traumas do refúgio, o preconceito com os refugiados e as marcas deixadas por um país em guerra.
A VIDA E A HISTÓRIA DE MADAM C.J WALKER
Chegamos na parte das séries para você maratonar e conhecer tramas, baseadas em fatos reais, muito importantes. A minissérie conta a história de Madam C.J Walker, uma mulher negra e empoderada que lutou contra o racismo e o machismo e correr atrás do seu sonho: criar uma linha de produtos para cabelos de mulheres negras.
IRMANDADE
A série é uma produção brasileira da Netflix, dirigida por Pedro Morelli, mostra o surgimento de uma facção criminosa no interior de uma cadeia brasileira superlotada na década de 90. A série discute as dificuldades dos pretos e pobres que tiveram que crescer na vida sem nenhuma ajuda do poder público.
OLHOS QUE CONDENAM
Outra série baseada em fatos reais que é essencial você assistir! “Olhos que Condenam” conta um dos mais chocantes casos de erro judiciário da história americana, uma combinação perversa de falhas da polícia, da promotoria e da imprensa, que remetem ao conceito de racismo estrutural. A minissérie nos faz refletir que a realidade atual no mundo e no Brasil não mudou muita coisa. Os quatro episódios contam fases distintas sobre 25 anos do caso, mostrando o quanto um erro judicial pode impactar a vida de uma pessoa não apenas pelo período em que ela é presa, mas por toda a sua vida. Pelo papel de Korey Wise, Jharrel Jerome conquistou um merecido Emmy de Melhor Ator de Minissérie ou Filme para TV.
SANGUE E ÁGUA
Se a ideia é relaxar e apenas maratonar uma série mais “calma”, indico assistir “Sangue e Água”. A produção sul-africana conta conta a história de Puleng Khumalo (Ama Qamata), que está determinada a descobrir o paradeiro da irmã que foi raptada logo após o nascimento. Depois de um acontecimento na escola onde estudava, Khumalo pede transferência para um outro colégio e fica mais perto de quem suspeita ser a irmã desaparecida. A trama tem seus momentos de aflição, mas em geral também é divertida com diversos dramas juvenis.
THIS IS US
Por último e não menos importante, a série “This Is Us”. A trama aborda assuntos importantes como alcoolismo, gordofobia, trauma e saúde mental. No entanto, a série também é muito eficaz ao abordar a questão racial. Um dos personagens, Randall (Sterling K. Brown), é negro e cresceu em meio a uma família branca, porque foi adotado. A partir daí, a série acompanha o reconhecimento tardio de Randall sobre sua negritude e retrata de forma sensível e poderosa temas como racismo, identificação e representatividade.
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