A crise no mercado de trabalho gerada pela pandemia agravou um problema antigo, o desemprego, segundo dados da PNAD Contínua
A crise causada pela pandemia do novo coronavírus deixa um rastro de milhões de desempregados, problema antigo que se agravou na pandemia. A taxa de desemprego segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Estatística IBGE, mostra que a taxa de desempregados atinge 13,8% e falta trabalho para 32,9 milhões de brasileiros.
A taxa de desocupação no Brasil foi de 13,8%, no trimestre de maio a julho de 2020, a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. A população ocupada recuou para 82 milhões, o menor contingente da série. Essa população caiu 8,1% (menos 7,2 milhões pessoas) em relação ao trimestre anterior, e 12,3% (menos 11,6 milhões) frente ao período de maio a julho de 2019.
A analista da pesquisa, do IBGE Adriana Beringuy, explica que as quedas no período da pandemia de Covid-19 foram determinantes para os recordes negativos deste trimestre encerrado em julho. “Os resultados das últimas cinco divulgações mostram uma retração muito grande na população ocupada. É um acúmulo de perdas que leva a esses patamares negativos”.
De acordo com o jornal o Extra, o levantamento feito pelo economista Bruno Imaizumi, da LCA, aponta que o desemprego deverá continuar crescendo nos próximos meses, diante da redução do efeito renda positivo associado ao auxílio emergencial e da continuidade do processo de melhora nos indicadores econômicos, ou seja, à medida que o indicador de distanciamento cai, o desemprego sobe com mais pessoas buscando uma vaga e saindo do desalento.
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