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Hoje (10) é o dia do gordo e a data tem o intuito de enfatizar a luta contra a gordofobia
Por Beatriz Costa
Hoje (10) é celebrado o dia do gordo. Não sabe-se ao certo a origem da comemoração, mas a data tem como objetivo festejar todos os formatos de corpos e conscientizar a população a respeito da gordofobia. A luta dessa causa se faz cada vez mais presente, uma vez que a pressão estética sempre esteve em nossa sociedade. É necessário normalizar o corpo gordo e discutir a acessibilidade para essas pessoas. Parar de ver a gordura como algo negativo é um grande passo, pois as pessoas se colocam em situação de risco tentando emagrecer. Segundo especialistas em nutrição, ao fazer dietas por conta própria, a pessoa pode desencadear distúrbios alimentares graves como bulimia e anorexia.
A era do digital influencers deram mais visibilidade para diversas pessoas que lutam em prol da aceitação corporal e autoestima de pessoas que estão acima do peso. Umas das principais ativistas é a fundadora do movimento #CorpoLivre, Alexandra Gurgel, que luta pela aceitação, pela quebra de paradigmas e preconceitos. Através das redes sociais e do seu canal no youtube “Alexandrimos”, ela aborda discussões sobre padrões de beleza, preconceitos, gordofobia, homofobia, entre outros. Alexandra é autora do bestseller “Pare de se Odiar” e também fala sobre assuntos do cotidiano, levantando as bandeiras do feminismo.
A ativista “pleníssima e imensa de gorda”, Ray Neon, é outra influência na luta contra a gordofobia. A embaixadora do Buscofem Brasil e youtuber desconstroi padrões através de dicas de looks, yoga e conversas sobre o cotidiano em suas redes sociais. Em um post no instagram, Ray disse que “todo corpo merece respeito, não importa se seja gordo ou magro, nu ou de burca, nosso corpo merece ser respeitado. Não peço que achem que todo corpo é lindo, que abracem meu corpo e o amem. Não estou aqui ‘glorificando a obesidade’, estou apenas pedindo o mínimo que é respeitar o meu corpo, sem o tratarem como público, sem opiniões não solicitadas, respeito, só isso. O corpo gordo existe e resiste”.
Outra influencer que está sempre dando dicas de aceitação do corpo é a Baddie Santana. A comunicóloga e ativista do body positive — termo inglês o qual a ideia principal é a de que todos os corpos são bonitos acima de qualquer coisa — fala em suas redes sociais sobre o dia a dia, moda, negritude e sexo. Todas às segundas, Baddie faz a "live safada" em seu perfil oficial no instagram, onde responde perguntas sobre sexo e dá dicas.
A mais nova no meio dos digitais influencers é a Nati Oliveira, que aborda, em seu perfil no instagram, temas de alimentação saudável e aceitação do corpo plus size. Nati explicou que “a ditadura da magreza foi algo que me cercou a vida inteira. Eu sempre me vi fazendo dietas loucas em alguma fase da vida, pois nunca gostei do que olhava. Além disto, a influencer acrescentou que repara que todos pregam o amor próprio, mas após elogiar a beleza de uma mulher gorda, sempre perguntam o porquê dela não emagrecer.
Não é comum vermos homens gordos lutando por esta causa, porém o ativista do #CorpoLivre, Caio Revela, é uma exceção. No mês passado, o digital influencer e youtuber sofreu um ataque gordofóbico quando ao acordar, recebeu a notícia que estava sendo dito nos sites de redes sociais que havia morrido devido ao seu peso e a partir daí recebeu muitos comentários negativos sobre o seu corpo. Em um post em seu perfil no instagram, Caio questionou “até quando nosso corpo gordo vai ser motivo de piada? Até quando pessoas gordas serão linchadas na internet por simplesmente existirem?”.
Estes influencers são alguns entre inúmeras pessoas que lutam por mais respeito e acessibilidade. É difícil entender o que significa ser gordofóbico ou o próprio conceito de gordofobia, em uma sociedade onde a magreza é algo a ser alcançado a qualquer custo. Entretanto, há pessoas disponíveis para conversar e mostrar que você não está sozinho. Seu corpo é um templo, cuide e respeite ele!
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