Cobra Naja que picou jovem em Brasília foi encontrada

Caso despertou curiosidade para investigações de tráfico da espécie

Por Ana Luiza Couto

Foto: Arquivo pessoal

Na última terça-feira (07), um estudante de medicina veterinária foi picado por uma cobra asiática, que era criada sem autorização do ibama pelo jovem. Na noite desta quarta-feira (08), o animal foi encontrado perto de um shopping, a 14km de distância do ocorrido.

A PF e o Ibama estão investigando tráfico de animais, já que o rapaz não tinha autorização do Órgão para manter este animal em sua residência, o que aparentemente estava sendo feito. Além disso, esta espécie é a mais venenosa do mundo e nativa da Ásia e África. A major do Batalhão de Polícia Militar Ambiental afirmou que a cobra estava em um bom estado e não apresentava um comportamento agressivo.

O Ibama esteve na residência do jovem à procura de um documento que permitisse a criação do animal, o que na verdade não é permitido na legislação. Apenas espécies não venenosas podem ser domesticadas. Uma multa de R$500 a R$5 mil será aplicada. Ainda não se sabe o destino do animal, que poderá ir para um zoológico ou instituto de pesquisa.

O Instituto Butantan, que fica localizado em São Paulo, ofereceu uma dose de soro antiofídico para acidentes com Naja. O estoque deste soro é baixo, já que acidentes como esse não são comum no Brasil, pois o animal não é nativo do país. Todo o antídoto produzido no local é produzido apenas para acidentes com pesquisadores. O medicamento foi levado para Brasília a fim de tentar curar o jovem.