Famílias podem ficar cada vez mais pobres com a continuação da pandemia e a redução do auxílio emergencial
O auxílio emergencial têm sido um alívio para milhares de brasileiros, após seu cancelamento a partir de janeiro, ele volta a ser comentado e chega a decisão de retomar com essa ajuda para a população, porém com um valor reduzido. Agora, o chamado benefício, será disponibilizado para até 30 milhões de pessoas, em R$ 200 por mês, durante três meses, para aqueles que não possuem carteira assinada ou estejam fora do Programa Bolsa Família.
Os três meses de pagamento do auxílio serão um “período de teste”, se a pandemia seguir de forma grave, com um aumento no número de mortes, uma cláusula de emergência será acionada para garantir o equilíbrio fiscal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião com outras autoridades, reconheceu a necessidade de uma solução rápida para a crise, mas sem comprometer as futuras gerações.
Segundo o Jornal Folha de S. Paulo, a nova proposta passará a ser chamada de BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e, para receber este benefício será necessário realizar um curso de qualificação profissional.
Ainda de acordo com o jornal, esse novo plano deve prever que o benefício esteja associado à Carteira Verde e Amarela, proposta do governo para reduzir encargos trabalhistas e estimular a formalização de pessoas de baixa renda.
O último ano foi marcado pela pandemia mundial do novo coronavírus e uma queda drástica no setor financeiro de diversos países, incluindo o Brasil, onde pessoas que já possuíam baixa renda acabam passando por maiores dificuldades, devido ao crescimento do desemprego e ao mercado de trabalho em baixa. A saída para ajudar a população de alguma forma foi a criação do auxílio emergencial, que durou cerca de dez meses por todo o país.
O cancelamento do auxílio emergencial para janeiro preocupou muitas famílias, que passam por uma crise financeira e sem emprego. O Brasil já registrou, apenas em janeiro, 2 bilhões de brasileiros em situação de pobreza, cerca de 13% da população têm sobrevivido com uma renda de apenas R$ 250 por mês.
Capitais com suas versões de auxílios emergenciais
O auxílio emergencial foi uma estratégia nacional, para ajudar todos os brasileiros, porém muitas regiões desde o início da pandemia, decidiram ajudar de forma seguir de forma independente, sem a ajuda do governo federal, os moradores de cada região, com uma versão de auxílio municipal, em oito capitais.
Cuiabá (MT): no início da pandemia, a prefeitura concedeu três parcelas de R$ 500 para famílias pelo programa "Renda Solidária";
Fortaleza (CE): no início da pandemia, pagou R$ 100 por mês em abril e maio, também distribuiu cestas básicas, pelo programa "Renda em Casa";
Macapá (AP): criou um "auxílio alimentação" no valor total de R$ 300, pago em duas ou três parcelas;
Manaus (AM): em janeiro de 2021, criou o "Auxílio Manauara", que pagará seis parcelas de R$ 200 para pessoas em situação de vulnerabilidade social que não foram contempladas pelo Auxílio Emergencial do governo federal. Podendo ser prorrogado por mais seis meses;
Salvador (BA): desde abril de 2020, a prefeitura paga o auxílio de R$ 270 a trabalhadores informais e individuais por meio do programa "Salvador por Todos". Valendo até março de 2021;
São Luís (MA): no início da pandemia, a prefeitura criou o "auxílio-renda", que pagou R$ 40 mensais, até outubro de 2020, para famílias de baixa renda enquadradas no Bolsa Família;
São Paulo (SP): no fim de 2020, a prefeitura criou o "Renda Básica Emergencial", pagando R$ 100 nos últimos três meses. No caso de mãe ou pai chefe de família, o valor poderia dobras. A prefeitura anunciou em fevereiro que pretende estender o benefício por mais três meses;
Vitória (ES): no segundo semestre de 2020, a prefeitura pagou seis parcelas de R$ 300 para pessoas que perderam a renda durante a pandemia.
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