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Foto do escritorNatasha Sioli

30 anos da implantação do SUS pela Lei nº 8.080

Apesar das dificuldades enfrentadas, o Sistema Único de Saúde permanece atendendo a milhões de brasileiros todo ano


Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Neste sábado, dia 19 de setembro, é celebrado os 30 anos da Lei nº 8.080 que implantou o Sistema Único de Saúde (SUS). A lei foi assinada em 1990, onde decreta a proteção, a promoção, a recuperação da saúde e o funcionamento dos serviços correspondentes. O SUS foi criado inicialmente pela Constituição de 1988, mas foi implantado somente em 1990 por Collor.


Atualmente, o SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo e atende a 100 milhões de pessoas pelo país, com atendimentos desde pequenas avaliações médicas até a cirurgias e transplantes de órgãos, sendo de acesso integral e gratuito para toda a população brasileira.


"O SUS oferta um serviço de atenção primária e secundária em todo o Brasil, estando presente em 5.570 municípios. Este sábado, nos 30 anos da implantação por meio da lei 8080, é um dia de grande comemoração para todos nós. O SUS foi fundamental no combate à pandemia da Covid-19. Particularmente, sinto-me muito feliz de, como chefe da Nação, ter sancionado a lei que criou o programa.", disse Collor este ano durante uma live junto ao Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo Collor, Alceni Guerra, ex-ministro da Saúde do governo Temer, Ricardo Barros e outros especialistas.


Para Ricardo Heinzelmann, diretor da Sociedade Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), médico, defensor e ex-gestor do SUS, o sistema se tornou ainda mais importante durante esse período de pandemia e o número de mortes teria sido ainda maior se não fosse por ele, em especial em locais rurais e de periferia. “Só olhar outros países. Pegar os Estados Unidos, que se coloca como exemplo. Lá, as pessoas estão vendendo carro e casa para pagar as contas de hospitais. Vivenciar a pandemia sem o SUS seria um caos muito maior”, informou Heinzelmann ao portal O Povo.


Em uma pesquisa realizada em 2013, foi ressaltado que 80% da população brasileira era dependente do SUS e durante a pandemia os kits de testagens para o novo coronavírus estão sendo produzidos pela FioCruz.


Diversos parlamentares que antes não consideravam a real importância do SUS, após a chegada da pandemia revisaram seus conceitos a respeito do sistema público de saúde. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, disse só reconhecer a dimensão do sistema e quão importante é para a população após a pandemia da Covid-19. Em outros países, outros sistemas público de saúde também passaram a ser vistos de outra forma durante a pandemia, como pelo Presidente da França, Emmauel Macron, que relatou não saber a importância do sistema antes. O fato ocorreu também com o primeiro ministro da Inglaterra, Boris Johnson, que precisou ser internado na UTI devido a Covid-19 e disse que o sistema público foi o que salvou a sua vida.


Mesmo com o pouco financiamento que recebe e diversos outros problemas enfrentados, o SUS é responsável pelo tratamento de grande parte da população, salvando vidas e oferecendo o atendimento adequado, embora demorado, aqueles que necessitam. "É fundamental que se invista mais na melhoria do atendimento e na oferta dos serviços à população. O SUS tem diversos aspectos positivos e o mundo reconhece esse modelo de atendimento gratuito", afirmou Alceni Guerra.


Nas redes sociais, internautas subiram a hashtag #DefendaoSUS em apoio ao sistema e para pedir que seja mais valorizado, pela população e pelo governo.


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