A comemoração homenageia uma das ferramentas mais importantes para a formação educacional dos alunos
Neste sábado, 27 de fevereiro, é comemorado O Dia Nacional do Livro Didático no Brasil e celebra-se a importância dos livros didáticos na formação educacional de alunos. Em tempos em que a leitura se encontra cada vez menos valorizada, datas como essa se tornam meios para relembrar o porquê livros são poderosos.
Os livros didáticos além de fornecer informação para o conhecimento do aluno, contém atividades para estimular o entendimento. Eles também auxiliam e direcionam as aulas dos professores, complementando e conectando o estudante com o conteúdo dado.
A distribuição dos livros didáticos se deu com a criação do Instituto Nacional do Livro em 1929, o órgão tem a função de produção editorial dos materiais. Já em 1985, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foi criado para dar assistência às redes públicas de ensino brasileiras ao fornecer gratuitamente os livros didáticos. Segundo o Fundo Nacional da Educação (FNDE), todos os anos cerca de 150 milhões de obras didáticas circulam por mais de 140 mil escolas do país e chegam a 40 milhões de estudantes. A área também conta com o investimento anual do Ministério da Educação (MEC) de 1,9 bilhão.
Com o meio digital à disposição, a leitura dos livros didáticos tem decaído entre os alunos. Ao invés de procurarem tirar dúvidas ou buscar conhecimento nas páginas reais, buscam nas páginas virtuais. Sites como o Brainly é bombardeado de alunos que buscam respostas e informações rápidas e diretas, sem ter o trabalho de ler nos materiais escolares.
A estudante do 2º ano do ensino médio, Yris Alves, 16, afirma não ter o hábito de ler seus livros didáticos para obter mais conhecimento ou para sanar dúvidas. “Não costumo ler muito meus livros da escola, é mais prático e rápido procurar resumos na internet”.
Entretanto, seu consumo ainda é o mais alto do Brasil. Mesmo com as mudanças em sala de aula, principalmente no que diz respeito à tecnologia, os livros didáticos ocupam o segundo lugar dentre os mais lidos pelos brasileiros, logo depois da Bíblia, segundo levantamento do Instituto Pró-Livro.
“O livro didático faz parte da vida de todos nós. Quando pensamos em aprendizado sempre vem à memória uma página ou a figura de um livro. Ele constrói o cidadão. Que a gente ensine as novas gerações a respeitar o livro didático como instrumento de crescimento”. O pedido é da coordenadora de Habilitação e Registro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Nadja Cezar Ianzer, em entrevista à Agência Brasil.
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