Atos ocorreram em Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Distrito Federal
O brutal assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, está repercutindo nas redes sociais e gerando revoltas nos internautas desde quinta-feira (19). Mas, ontem (20), no dia que é celebrado a consciência negra, a fúria saiu da internet e foi para as ruas. A sexta-feira foi marcada por protestos e boicotes contra o mercado Carrefour, onde o homem o negro foi espancando até a morte por dois seguranças brancos.
Em Porto Alegre, local onde ocorreu o assassinato, mais de 2.500 pessoas se reuniram na frente do mercado em que Freitas foi morto. O estabelecimento não abriu as portas, mas de acordo com a Brigada Militar, cerca de 50 pessoas tentaram invadir o palco do assassinato e bombas de efeito moral foram lançadas aos manifestantes.
Já em São Paulo, a 17ª marcha do Movimento Negro Unificado, pelo dia de Zumbi, que acontece tradicionalmente na Avenida Paulista alterou seu trajeto. Os antirracistas foram até o mercado Carrefour, localizado em um shopping, e arrebentaram portões de ferro e fachadas de vidro - "O que eles fazem com a gente é muito pior", dizia uma manifestante enquanto quebrava o vidro. Além disso, pessoas espalharam tinta por grande parte da loja e atiram fogo em mercadorias - ninguém se machucou porque o princípio de incêndio foi rapidamente controlado. Vale lembrar que nada foi saqueado.
Em Belo Horizonte, os manifestantes se dividiram e foram para dois mercados, um dentro de um shopping e outro na região central da cidade. No stories do Instagram, o rapper Djonga, conhecido pela frase “fogo nos racistas” compartilhou algumas imagens.
Já no Rio de Janeiro, os protestos ocorreram na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Quem usou o Instagram para divulgar o ato foi o ator Rafael Zulu, em um dos vídeos ele escreveu “cansamos de morrer desse jeito” e em outra imagem, um jovem manifestante se deita na esteira que são colocados os alimentos e pessoas cantam a música da Elza Soares “a carne mais barata do mercado é a carne negra”.
Confira:
No Distrito Federal, manifestantes se reuniram em frente a um do mercado Carrefour que funciona 24 horas e na Fundação Palmares. Nos vídeos, pessoas gritam “abaixo Carrefour”.
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